Governaça mundial
A governança mundial pode ser examinada: de um lado, em termos sistêmicos, isto é, segundo os temas ou áreas em torno dos quais os atores internacionais se agrupam para discutir e implementar medidas de coordenação, de cooperação ou de integração; e, de outro lado, em termos institucionais, ou seja, em função das organizações, mecanismos e “ferramentas” através dos quais os atores organizam os debates, conduzem as negociações com vistas a um acordo e implementam, depois, suas decisões. A governança pode, assim, ser definida tanto em termos de processo (e de procedimentos negociadores), quanto do ponto de vista dos resultados práticos.
Os principais atores internacionais são, obviamente, os Estados. Mas, em determinadas circunstâncias, atores não-governamentais e até as próprias instituições são chamados a participar desses debates e a colaborar com a implementação e o cumprimento de novas regras que possam ser estabelecidas em uma área qualquer do interesse coletivo dos Estados membros da comunidade internacional. É o caso, por exemplo, de tema de temas humanitários ou ambientais, terrenos nos quais é mais intensa a atuação de grupos de interesse específico, ou das questões sociais, que tendem a atrair ativistas dos mais diferentes horizontes políticos (alguns deles com focos mais precisos, como são os sindicatos de trabalhadores, ao passo que outros apresentam uma ação mais difusa, como podem ser os grupos que militam contra a globalização).
Em contrapartida, temas sensíveis como segurança estratégica ou assuntos de natureza militar tendem a ser zelosamente resguardados pelos Estados como esferas de atuação
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