Adoção
Ana Paula Carvalho
Alessandra e Claiton esperam há quase dois anos para adotar criança. (Foto: Simão Nogueira)
Alessandra e Claiton esperam há quase dois anos para adotar criança. (Foto: Simão Nogueira)
Alessandra Fagundes Barros, 35 anos, gestora de marketing, e Claiton Barbosa da Silva, 38 anos, diretor de infraestrutura do IMIT (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação), são casados há 10 anos.
Em 2008, Alessandra descobriu que era portadora da endometriose, uma doença silenciosa e que muitas vezes impede que a mulher fique grávida. Desde então, começaram os tratamentos de fertilização. “Assim que descobri a doença, procurei tratamento e partimos para a fertilização”, reforça Alessandra.
Após a primeira tentativa, sem sucesso, o casal resolveu se inscrever no Cadastro Nacional de Adoção. Para tentar diminuir o tempo de espera, eles não fizeram muitas “exigências”, dizem.
“Dissemos que podia ser menina ou menino, branco ou preto e que poderia vir com um irmão”, relata a gestora de marketing. Em outubro completa dois anos que eles esperam pelo filho que segundo eles, receberia todas as condições necessárias, desde financeiras até emocionais.
A vontade de ter uma criança correndo pela casa, de sentir o afago das mãozinhas e ouvir aquela voz doce os chamando de pais, fez com que o casal tentasse uma medida desesperada.
Há aproximadamente cinco meses, eles ficaram sabendo de que uma mulher grávida estava internada em um hospital de Itaporã, município distante 227 quilômetros de Campo Grande, e que não queria a criança. Eles foram até a cidade na tentativa de encontrar essa mãe e pedir que ela os acompanhasse até o juiz e doasse a criança a eles. “Quando nós chegamos lá, tinha uma mulher que não era da família no hospital que disse que iria levar a criança embora, por isso nós acionamos o Conselho Tutelar”, relata Claiton.
“Nós ficamos dois dias com o pai do menino