Administração do capital de giro

RESUMO

As Políticas de Administração do Capital de Giro constituem peça fundamental para os processos de uma empresa. É por meio delas que o gestor aplica um universo de normas e regras a fim de maximizar seu lucro e conseqüentemente, reduzir o seu risco de insolvência. Alguns modelos auxiliam o desenvolvimento de tais políticas. Atualmente, um dos mais utilizados, intitulado “Modelo Fleuriet”, possibilita através de algumas variáveis, a avaliação dinâmica do desenvolvimento financeiro das organizações. E é através dele que a amostra de oito empresas exportadoras de café do Estado do Espírito Santo tiveram suas políticas avaliadas, observando seus impactos sobre suas respectivas estruturas financeiras. Ao final, a partir das variáveis CDG – Capital de Giro, NCG – Necessidade de Capital de Giro, e ST – Saldo em Tesouraria, essências do Modelo Fleuriet, concluiu-se que as mesmas enquadram-se em situações financeiras insatisfatórias, marcando a características de tal setor. Tal cenário é conseqüência do próprio mercado cafeeiro, uma vez que este é dependente de fontes onerosas de curto prazo para financiamento do capital de giro.

Palavras-chave: Necessidade de Capital de giro, Estrutura Financeira, Saldo de Tesouraria, Modelo Fleuriet.

1.
INTRODUÇÃO
O capital de giro de uma empresa representa o volume de recursos necessários ao seu funcionamento operacional e, segundo Assaf Neto (2010, p. 181), “constitui-se no fundamento básico da avaliação do equilíbrio financeiro de uma empresa”. A expressão “giro” diz respeito aos recursos correntes, ou seja, de curto prazo.
Segundo Souza, Luporini e Souza (1996, p.1), “o objetivo da administração do capital de giro é administrar cada um dos ativos e passivos circulantes da empresa, de forma que um nível aceitável de capital circulante líquido seja mantido”.
As estratégias operacionais de atuação interferem nesse processo, na medida em que são feitas as avaliações dos investimentos correntes (ativos) e