Abordagem sistêmica na negociação
ORIGEM DA TEORIA DOS SISTEMAS NO CAMPO DA ADMINISTRAÇÃO
As teorias administrativas abordadas por pesquisadores clássicos e humanistas foram criticadas por ignorarem o relacionamento entre a organização e seu ambiente externo. Por causa dessa crítica, estudiosos da administração em 1950, voltaram-se para os detalhes da organização para tentar entendê-la como um sistema total, era baseado em uma teoria chamada Teoria dos Sistemas (TS).
Fazendo-se uma análise retrospectiva da teoria da administração, pode-se encontrar referências à ideia de sistemas, embora primárias em obras de vários pesquisadores renomeados nesse campo:
Frederick Taylor – (administração científica): preconizava a sistematização da seleção dos trabalhadores e das condições de trabalho.
Henry Fayol – (teoria clássica): administração é a integração de várias tarefas para o cumprimento de objetivos comuns,
Elton Mayo – (teoria das relações humanas): defendia a empresa como um sistema social, composto de seres humanos e suas relações interpessoais.
Mary Follet – (teoria das relações humanas): propunha a unidade interativa e a redução do conflito, por meio da integração de interesses.
Chester Barnard - (teoria das relações humanas): defendia o equilíbrio entre a comunicação formal e informal na empresa e fora dela.
No entanto, a perspectiva de sistemas surgiu de uma percepção dos cientistas de que certos princípios e conclusões eram válidos e aplicáveis a diferentes ramos da ciência. Nos anos 1930, Bertalanffy, percebeu que a ciência costumava tratar de maneira fragmentada muitos problemas que exigiam uma abordagem mais ampla e holística. Para ele, a tecnologia e a sociedade tinham se tornado tão complexas que as soluções tradicionais não mais conseguiam ter êxito. Isso levou a formular duas ideias centrais da sua teoria: * A importância da interpendência das partes: necessidade de analisar não apenas os elementos, mas suas