Abolição da escravatura e a queda da monarquia
A Inglaterra foi a grande responsável pela abolição da mão de obra escrava no Brasil. A revolução industrial necessitava de mercados consumidores. Os negros, sendo livres, iriam tornar-se assalariados e, consequentemente, consumidores. Após a guerra do Paraguai, em 1870, a sociedade mobilizou-se e assumiu uma posição abolicionista clara e direta. Vários segmentos sociais começaram a se posicionar em defesa da libertação dos escravos. A oligarquia agrária produtora de café do Oeste paulista, principal responsável pela lavoura, tornou-se defensora do fim da escravidão. Esta classe social tomou consciência de que o trabalho escravo era inoperante; portanto deveria ser substituído pelo trabalho livre. As pressões contra a escravidão eram defendidas por várias instituições antiescravistas (internacionais e nacionais) que se avolumaram entre os anos de 1870 e 1880. O Brasil era o único país americano livre que ainda utilizava escravos.
Abolição da Escravatura e a Queda da Monarquia
A abolição da escravatura é frequentemente citada como a causa mais imediata para a queda da Monarquia. Com o imperador na Europa, sua filha, a Princesa Isabel, atuava como Regente. No dia 13 de maio de 1888, diante do colapso da escravatura como um sistema funcional e cedendo a pressões dos abolicionistas, ela assinou a chamada "Lei Áurea", que aboliu a escravatura no Brasil. A abolição foi, na realidade, resultado da antiga política britânica de pressionar o Governo brasileiro para encerrar o comércio de escravos. A luta contra esse comércio ocorreu em função dos planos de expansão das produções nas colônias britânicas (açúcar), favorecendo, portanto, o crescimento do capitalismo industrial britânico. Convém notar que, ao final do século XIX, a escravidão no Brasil declinou sob pressão dos trabalhadores imigrantes, cujos salários custavam menos que manter escravos. Entretanto, a "Lei Áurea" desencadeou uma reação