Sociologia

Bauman relata que a escola foi a instituição funcional ao estabelecimento da modernidade. A educação escolarizada era o conceito e a prática de uma sociedade amplamente administrada.Essa educação fez com que a formação dos indivíduos fosse responsabilidade da sociedade e, ou melhor dizendo dos governantes. Fazendo a formação do cidadão ser direito e dever do Estado e garantir a conduta correta desse cidadão, essa educação levaria o cidadão ao comportamento do projeto racional, e também, introduzir ordem em uma realidade antes despojada de seus próprios dispositivos de organização. A escola era o lugar onde se universalizavam os valores utilizados para a integração social. Os intelectuais (professores) eram os únicos capazes de fornecer a receita aos incultos e vulgares do que seria uma vida correta e moral. E a educação, já por sua vez, era vista como ato de incompetência social das massas e uma aposta na ditadura do “professorado”, guardiões da razão, das boas maneiras e do bom gosto.
Outra forma de abordagem da educação, é quando o autor relata a tese concebida para um mundo ordenado, em que tudo o que estava sólido se dissolve como água, e fica apenas a promessa de estruturas ainda mais duráveis, a forma escolar sólida tinha expectativas de longa duração, baseadas apenas num processo educativo que, indiferente ao

“diferente”, ao acaso e à desordem, visava alimentar os educandos com uma educação para toda a vida. O contexto mostra que o conhecimento adquiria valor proporcional à sua duração e a escola tinha qualidade na medida em que fornecia esse saber de valor duradouro.
A educação escolarizada era vista como uma atividade voltada apenas para a entrega de um produto que poderia ser consumido para todo o sempre. Bauman considera que, com a passagem da modernidade sólida para a modernidade líquida, tanto a ordem social do mundo e a ordem da “natureza humana” se encontram em perigo. Pois a modernidade sólida garantia os benefícios favoráveis ao