A proclamação da república
Historiografia da República.
1. Versões tradicionais.
1.1. A proclamação da República resultou das crises que abalaram o fim do segundo reinado: a Questão Militar, Questão Religiosa e a Abolição.
1.2. Alguns historiadores preocupam-se em apurar os verdadeiros intuitos do Marechal Deodoro, chegando a afirmar que ele não tinha intenção de proclamar a República, considerando decisiva a atitude de Floriano Peixoto.
1.3. Outros historiadores acreditam que a república é consequência natural dos vícios do antigo regime.
1.4. Para os monarquistas tudo não passava de um golpe militar, os republicanos pleiteavam a mudança do regime, à revelia do povo e em benefício próprio.
1.5. Para os republicanos, a proclamação da República fora a correção necessária dos vícios do regime monárquico. Ao proclamar a República, os militares seriam intérpretes do povo.
1.6. Tanto as crônicas dos republicanos quanto as dos monarquistas atribuíam grande importância à atuação dos personagens.
1.7. A partir de 1930, quando um novo período da vida política se instaura no país, a história da República passou a ser vista sob ângulos novos.
2. O revisionismo na historiografia da República.
2.1. As novas interpretações deixaram no segundo plano os personagens e os episódios que tanto impressionavam os cronistas.
2.2. Procurou-se explicar o movimento como resultante da inadequação do quadro institucional existente à nova realidade social e econômica que se instalara progressivamente no país a partir de 1870.
2.3. Na análise dos acontecimentos históricos, é preciso ir além dos fenômenos aparentes. As grandes transformações que subvertem a estrutura econômica e a ordem social são às vezes silenciadas e passam despercebidas aos olhos dos contemporâneos.
Reparos às versões tradicionais.
3. Abolição da República.
3.1. A partir da