Proclamação da república
Movimento político-militar que acaba com o Império e instaura no país uma república federativa. A Proclamação da Rapública é feita pelo marechal Deodoro da Fonseca no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro.
O novo sistema de governo é inaugurado depois de uma campanha política que dura quase 20 anos. O esforço nacional em torno da Guerra do Paraguai coloca na ordem do dia o regime federativo e a luta contra a escravidão. Em dezembro de 1870, políticos, intelectuais e profissionais liberais lançam no Rio o Manifesto Republicano. Defendem um regime presidencialista, representativo e descentralizado. No ano seguinte, o governo sanciona a primeira lei contra a escravatura. Daí por diante, as campanhas republicana e abolicionista caminham paralelas.
Partido Republicano – Em 1873 é fundado o Partido Republicano Paulista (PRP), com a proposta básica de defender os princípios e os ideais republicanos e federativos. Apesar da crescente simpatia popular, a campanha não avança e o PRP elege poucos candidatos. Para os republicanos históricos, que formam o núcleo político-ideológico do movimento, fica cada vez mais claro que o novo regime não será conquistado apenas com propaganda política e atuação eleitoral. Apesar das evidentes dificuldades, a monarquia continua sólida. Diante desse quadro, republicanos "exaltados" e militares positivistas, como Benjamin Constant, defendem a intensificação da mobilização popular.
Conspiração – O último abalo da monarquia é a abolição da escravatura. O imperador perde o apoio de escravocratas, que aderem à república. Liderados pelos republicanos históricos, civis e militares conspiram contra o império. Comandante de prestígio, o marechal Deodoro da Fonseca é convidado para chefiar o golpe. Em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, à frente de suas tropas, o militar proclama a República. O antigo regime não resiste. Dom Pedro II e a família real são desterrados e embarcam para a Europa dois