Proclamação da república
O novo sistema de governo é implantado depois de uma campanha política que dura quase 20 anos. O esforço nacional em torno da Guerra do Paraguai coloca na ordem do dia as questões do regime republicano e da luta contra a escravidão. Em dezembro de 1870, políticos, intelectuais, jornalistas, advogados e profissionais liberais lançam no Rio o Manifesto Republicano. Defendem um regime presidencialista, representativo e descentralizado. No ano seguinte, o governo sanciona a primeira lei contra a escravatura. Daí por diante, as campanhas republicana e abolicionista caminham paralelas.
Partido Republicano – No mesmo ano em que é lançado o Manifesto Republicano, 1870, também é fundado no Rio de Janeiro o Partido Republicano, com a proposta básica de defender os princípios e os ideais republicanos e federativos. Ele ganha mais força a partir de 1873, com a fundação do Partido Republicano Paulista, PRP. Mas apesar da crescente simpatia popular pela causa republicana, o partido tem pouco sucesso nas eleições. Para os republicanos históricos, que formam o núcleo político-ideológico do movimento, fica cada vez mais claro que o novo regime não será conquistado apenas com propaganda política e atuação eleitoral. Mesmo com as evidentes dificuldades, a monarquia continua sólida. Diante desse quadro, republicanos "exaltados" e militares positivistas, como Benjamin Constant, defendem a intensificação da mobilização popular e uma aproximação maior com os militares.
Conspiração – O último abalo da monarquia é a abolição da escravatura. O imperador perde o apoio de escravocratas, que aderem à república. Liderados pelos republicanos históricos, civis e militares conspiram contra o império. Comandante de prestígio, o marechal Deodoro da Fonsecaé convidado para chefiar