Massaud Moises

Ao aumentarem esses tipos de publicações e exibições, o interesse por parte dos estudiosos também foi crescendo. As formas de prosa conhecidas hoje (e que estudaremos mais longamente no tema 4) às vezes eram confundidas entre si no séc. XIX. Massaud Moisés (1997, p. 10) informa que o conto e a novela, por exemplo, eram classificados como “romance curto” e romance, respectivamente. Ainda não havia um estudo avançado na área da prosa e, constantemente, esta era estudada com conceitos…

“... que ainda buscava preservar o passado, (...) um país que se perdeu no ‘espiritualismo’, que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida, com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível...” (MOISÉS, 1993), contrapondo-se ao Portugal que abraça o progresso que se descortina, convergindo para a modernidade. Assim como Joaninha, Georgina representa o ideal moral positivo. Mesmo amando Carlos, ela percebe que o seu coração não lhe pertence

...................................................................................................10 Um Autor MARQUES, Gabriel Garcia, Relato de um naufrago: Rio de Janeiro: Record, 1993. p- 134. MOISÉS, Massaud, A Literatura portuguesa: São Paulo: Cultrix, 1990. p- 326. 25ªed. CAMPEDELLI, Samira Yousseff, Literatura, Histórias e Textos 2: São Paulo: Saraiva, 1999. p- 303 7ªed. Dois Autores MONTEIRO, Geraldo

tipismos mineiros, eruditismos e arcaísmos, traz para a literatura regionalista um sopro renovador, um sentido de epicidade e profundo conhecimento da alma humana, que fazem dele, desde logo, um escritor de lugar definitivamente marcado” (Massaud Moisés).

de vida na colônia, descrevendo a terra, os habitantes, apontando as possibilidades de exploração. Logo, essa produção tinha uma utilidade prática: descrever e catalogar a terra e o povo que nela habitava como podemos observar no fragmento de Massaud Moisés na obra “A Literatura Brasileira Através dos Textos”. “O principal intuito, por conseguinte, resumia-se em ser fiel à verdade observada, para que o relato desse conta exata da gente e da terra descobertas. E tal imperativo realizou-o…

Realismo: a Questão Coimbrã. Ela tornou-se uma das mais importantes crises na literatura portuguesa. Massaud Moisés (1981), ao referir-se a ela, afirma que, “em 1861, Antero de Quental funda a Sociedade do Raio, uma associação secreta que congrega cerca de duzentos estudantes das várias faculdades de Coimbra, com o objetivo de instaurar a aventura do espírito no seio do convencionalismo acadêmico” (MOISÉS, 1981, p. 193). Esse acontecimento eclodiu por uma reação contrária ao romantismo…

que pareça, os personagens são sempre invenção (GANCHO, p14). [...] se esses são pessoas reais, aqueles são “pessoas imaginárias; se os primeiros habitam o mundo que nos cerca, os outros se movem no espaço arquitetado pela fantasia do prosador.” (MOISÉS, p.396). No Romance Helena, os personagens Helena e Estácio são essas “pessoas imaginárias” fantasiados pelo narrador, à imagem e semelhança dos jovens da época em que o enredo se desenvolve. Se quisermos saber alguma coisa a respeito…

Referências Bibliográficas SARAIVA, António José; LOPES, Oscar. História da literatura portuguesa. 11 ed. Porto: Porto Ed., 1979. CARVALHO, Amorim de. Guerra Junqueiro e a sua obra poética: análise crítica. Porto: Figueirinhas, 1945. MASSAUD, MOISÉS — A Literatura Portuguesa, São Paulo,. Editora Cultrix, 10.a ed., 1972 http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/07/02/parasitas-guerra-junqueiro-388944.asp

de Carvalho e Raul Leal. Seu propósito fundamental consistia em agitar consciências através de atitudes desabusadas que, em concomitância com as derradeiras manifestações simbolistas, iniciavam um estilo novo, ‘moderno’ ou ‘modernista’. Fonte: Massaud Moisés. Presença da lit. port.: O Modernismo. São Paulo, Difusão Européiasdo Livro, 1974. Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro foram os mais famosos participantes da revista Orpheu que deu origem à primeira geração do Modernismo…

especialmente. Na pena desses ficcionistas boa parte da história de Portugal foi registrada e esse registro é feito de forma tão verossímil que a arte produzida por eles se confunde com a História, enquanto documento oficial, como nos revela Massaud Moisés (2006b, p. 49): ”O historiador descreve as cenas como se as visse, num visualismo dinâmico que lembra o movimento de uma câmara cinematográfica, surpreendendo os pormenores mais flagrantes da personagem central [...]” No século XVI,…