Jacques Le Goff

ou não, ele opera com uma teoria sobre a natureza humana; atribui motivos, estuda paixões, analisa irracionalidades..." GAY, 1989: 25). Este período histórico compreendido entre os séculos IV e VIII é, segundo Jacques Le Goff, a formação - na teoria e na prática - da onirologia cristã (LE GOFF, 1994: 283-333). Na primeira fase desse imaginário bem específico, o cristianismo estava livre das cargas neuróticas de controle que mais tarde incorporaria, tendo o sonho exercido um papel…

condições de compreender o movimento como um todo” [3]. O próprio autor revela que o segredo de sua obra está em conversas (algumas despretensiosas e outras nem tanto) mantidas com Fernand Braudel, Emmanuel Le Roy Ladurie, Jacques Le Goff, Michel Vovelle, Krzystof Pomian, Roger Chartier e Jacques Revel. Certamente, que foram com estes diálogos que Burke pode perceber que as várias notas dissonantes entre estes membros dos annales (enquanto alguns ainda tratavam da questão da…

pessoas se sentiam intimidas a não cometer certas coisas pelo simples fato de serem associadas ao capeta, como é o caso das bruxas que como diria Jacque Le Goff, a igreja tinha o poder de taxar algumas pessoas de hereges só pelo simples fato destes discordarem dela e isto estava associada a experiências do demônio tanto para a mulher como para o homem (LE GOFF, 2007, p.234-235). E esse fator de influência de diabo e homem se relaciona com o episódio da Fonte da Virgem. Esse episódio da…

Editorial Crítica, 1988. LUMBRERAS, Luis G. La arqueologia como ciencia social. Lima: Peisa, 1981. RENFREW, Colin, BAHN, Paul. Archaeology; theories, methods and practice. New York: Thames and Hudson, 1991. SCHNAPP, Alain. A arqueologia. In: LE GOFF, Jacques, NORA, Pierre. História: novas abordagens. 3.ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. TRIGGER, Bruce G. A history of archaeological thought. New York: Cambridge University Press, 1989. [1] Professora de História da…

natureza desse “sentido do passado” nas sociedades, incluindo as suas mudanças e transformações. Nesse caso, o autor investe contra os pensadores que considerariam o passado como apenas um “construto de nossas mentes”6. Entretanto, no dizer de Le Goff duas situações conduzem para um “ceticismo” sobre a possibilidade de conhecer o passado, ou seja, a constatação de que a visão 1 2 3 4 5 6 Mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba. Professor da Rede…

Mas foi no século XX que a Idade Média foi reconhecida como um período de descobertas que transformaram nosso meio. Além de ser a origem de nossa miscigenação (através da mescla de valores da sociedade antiga com os povos germânicos), segundo Jacques Le Goff (em seu livro “Para um novo conceito de Idade Média”. Lisboa: editorial Estampa, 1980, p. 12.), foi na Idade Média que surgiu a sociedade moderna, que criou “a cidade, a nação, o Estado, a universidade, o moinho, a máquina, a hora e…

e internacional, que constrói também a sua própria memória” (Le Goff, 1994, p.461). O leitor se depara com opiniões parciais do escritor, mas que por sua vez, como sujeito histórico, é munido de suas próprias opiniões, que por vezes entra em consenso social. O fato é que o leitor busca informações do cotidiano social no qual está inserido, quer ser informado do que acontece na sua Cidade e Região, ele busca uma identificação no que lê. Partindo desse pressuposto, a memória certamente…

passado. O autor direciona seu textosubdividindo-o em três eixos: um de natureza geral, outro que busca conceituar e por fim o que discute o papel da geografia neste cenário. No primeiro eixo temos: A valorização atual do passado. Citando ofrancês Jacques Le Goff, um especialista em idade média, que ressaltou o período do iluminismo, onde os novos pensadores acreditavam em um futuro brilhante para a humanidade que passaria a conduzirseu próprio caminho. O autor segue na busca de uma…

Resumo do capitulo: Civilizar o corpo - Jacques Le Goff e Nicolas Truong. O cristianismo pregava que a gula era pecado e por causa disso os monges faziam um regime alimentar baseado em carnesbrancas e cereais, além dos jejuns e penitências. Só que os mosteiros, ao longo do tempo, sofreram muita influência da sociedade e assim, os monges começaram a consumir carne vermelha, transformando aalimentação em cultura e a cozinha em gastronomia. A Idade Média herdou dois modelos alimentares:…

revistas, livros, fotografias etc. Entre outras formas de se saber de tais fatos, podemos verificar a história vivida, ou seja, experiências, vivências, memórias de pessoas que também presenciaram cenas, nos ajudam a descrever como tudo ocorreu. Jacques Le Goff retrata especificamente esse tipo de história. Segundo ele a memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das…