Sociedades Complexas

I – A NATUREZA DAS SOCIEDADES COMPLEXAS Gostaríamos de iniciar esclarecendo diferenças entre sociedades complexas e não-complexas. As sociedades não complexas (antigamente chamadas de simples, como as comunidades), mantêm seus costumes, hábitos culturais, possuem distinção de tarefas, porém não aderiram ao capitalismo, não possuem giro de capital, nem classes sociais. Já nas sociedades complexas, com a Revolução Industrial e o inicio da globalização, o consumismo tomou seu lugar, o individualismo. Com isso a distinção de classes sociais (alta, média, média alta e baixa), além do sistema econômico, o sistema político e cultural também se tornaram mais amplos. Uma observação importante é a de que a ganância se tornou principal meio para a felicidade e plena realização, e apesar do sistema diferenciar ricos e pobres, nenhum indivíduo é excluso da globalização. II - A SOCIEDADE COMPLEXA MODERNO-CONTEMPORÂNEA A grande diferença entre as sociedades complexas tradicionais e as sociedades complexas moderno-contemporâneas, está na Revolução Industrial. Após a Revolução Industrial, as sociedades sofreram grandes mudanças, entre elas, a divisão do trabalho, o aumento da produção e do consumismo, um grande crescimento urbano, um aperfeiçoamento da medicina (aparecimento de vacinas, etc.) fazendo com que baixassem os níveis de mortalidade e aumentassem o número de natalidades. A grande marca da sociedade moderno-contemporânea, é existirem cidades com 10, 15 milhões de…

jogo da permanência e da mudança.” Gilberto Velho, Projeto e metamorfose Gilberto Velho (1945-2012) teve uma das trajetórias mais férteis das ciências sociais no Brasil e conferiu projeção internacional à antropologia urbana brasileira. Deu início a uma tradição intelectual que trouxe a perspectiva antropológica para o estudo da cidade, e para a própria sociedade do observador, com todas as suas complexidades. Mas não ficou limitado à tradição canônica da antropologia. Buscou…

INDIVIDUALISMO E CULTURA (GILBERTO VELHO) Juiz de Fora 2012 Introdução Gilberto Velho se voltava às formas de vida nas modernas sociedades urbanas e industriais, aos dilemas de seus grupos e camadas sociais, às formas muito diversificadas de seus estilos de vida e visão de mundo, segundo a particularidade de suas trajetórias sociais. A partir disso, faremos reflexões sobre as sociedades complexas estudadas por ele, explicando suas características e…

Gilberto Velho nasceu em 15 de maio de 1945, no Rio de Janeiro. Faleceu precocemente, aos 66 anos, de uma parada cardíaca, em sua residência, no dia 14 de abril de 2012. Em 2009, concedeu três entrevistas para este projeto. Apenas a primeira delas está disponível nesta página. O restante do material, filmado em sua casa e no gabinete do Museu Nacional, está sendo preparado para consulta. Gilberto Velho obteve seu bacharelado em Ciências Sociais em 1968 pela Universidade Federal do Rio de…

Resenha: observando o familiar Observando todos os pontos explicitados por Gilberto Velho, dá para perceber que há pontos positivos e negativos tanto no estudo de sociedades distantes quanto nos estudos de sociedades da qual fazemos parte. De acordo com Velho, se faz necessário, ou no mínimo desejável, manter certa distância para garantir uma investigação imparcial da realidade. Dentre outros pontos, ele ressalta a importância do tempo de convivência para poder identificar aspectos…

VELHO, Gilberto. “Observando o familiar”. In: Individualismo e Cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1999. O livro “Individualismo e Cultura” visa demarcar uma área de pesquisa e reflexão dentro da antropologia, destacando a questão da construção da realidade e o problema da cultura propriamente dito, repensando a noção de indivíduo, sociedade e cultura, com a preocupação sociológica de distinguir grupos sociais e vê-los…

Observando o Familiar – Gilberto Velho Observando todo o texto de Gilberto Velho, pode-se afirmar que, para o autor, a Antropologia, o melhor método de estudo e observação, seriam as pesquisas qualitativas, onde o pesquisador possa ter mais contato direto com o objeto de estudo, pois para algumas compreensões, é necessária uma maior convivência, um certo envolvimento com o tema, por existirem aspectos e fragmentos de certas sociedades e cultura, que não se pode conseguir ver na…

contraposta à distinção existente entre as inúmeras diversificações culturais. É, portanto, embasado na real diversificação de culturas que Gilberto Velho teoriza a respeito do homem. E é com propriedade que ele acredita que a forma como se constituíam as pesquisas sociais, em seu método mais tradicional, não era a mais precisa, visto que exigia dos antropólogos uma posição mais neutra e imparcial na investigação científica. Este método, denominado “Quantitativo”, restringia-se a…

A VIOLÊNCIA NA PERSPECTIVA DE BAUMAN, SENNET, SIMMEL E GILBERTO VELHO Por Barbara Cristina Ondeza Motta Vianna A polis grega surgida, aproximadamente 800 anos antes de Cristo, ou cidade-Estado, como ficou conhecida, era um espaço físico, um aglomerado urbano que compreendia os espaços rurais e a acrópole, mas, sobretudo, era uma comunidade política, um modo de vida. Esta apresentava uma dicotomia – a vida privada e a vida pública. A esfera privada era representada pela casa…

Universidade Federal do Pará Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Faculdade de Geografia e Cartografia Gilberto Velho: familiaridade Discente: João Felipe da Silva Martins Bacharelado em Geografia Docente: Prof.ª Ms. Dr.ª Telma Amaral Gonçalves Antropologia Cultural Belém 2014 2) Quais os principais argumentos utilizados por Gilberto Velho em sua crítica a Roberto da Matta, no que se refere a noção de familiaridade? Gilberto Velho fez uma crítica a Roberto da Matta por…