Familiaridade Gilberto Velho e Roberto da Matta
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Faculdade de Geografia e Cartografia
Gilberto Velho: familiaridade
Discente:
João Felipe da Silva Martins
Bacharelado em Geografia
Docente:
Prof.ª Ms. Dr.ª Telma Amaral Gonçalves
Antropologia Cultural
Belém
2014
2) Quais os principais argumentos utilizados por Gilberto Velho em sua crítica a Roberto da Matta, no que se refere a noção de familiaridade?
Gilberto Velho fez uma crítica a Roberto da Matta por achar que a neutralidade, ou a “distância” necessária (da qual da Matta fala) para se fazer o trabalho de campo é na verdade uma convenção, pois sempre que há contato e comunicação com um determinado grupo, existe também interação e uma proximidade que não se podem ser desprezadas. Ele dá um exemplo, dizendo que foi num congresso e encontrou pessoas de várias nacionalidades e encontrou muitos pontos em comum. Às vezes você encontra pessoas de culturas diferentes, mas são capazes de comunicar bem, e passar um longo período juntas, curtindo as mesmas coisas.
Velho fala que a questão da separação entre o familiar e o exótico é artificial, uma situação que deve ser mantida desse modo para que haja a produção de um estudo imparcial, Não é tão simples ir do familiar para o exótico e muitos menos regressar do exótico para o familiar original, no momento que você familiarizou com o exótico. É muito mais dinâmico do que isso. Ele diz que durante o início do processo de convívio, o antropólogo presencia situações que são comuns aos nativos e que esse processo é quase que totalmente guiado pelas ideias que regem o estudo.
Segundo Velho o familiar nem sempre é conhecido, mesmo nas grandes metrópoles, existem casos que causam um estranhamento igual, se não maior, do que o estranhamento causado no contato com sociedades ditas diferentes. Estranhamento esse, provocado pelas mazelas existentes. Viver em sociedades complexas, hierarquizadas, que organizam e definem as camadas sociais e seus