Da matta e roberto velho
Antes de comentar os argumentos de Gilberto velho vamos recapitular o que Da Matta pensa em relação a ”familiaridade” . Da Matta faz questionamento em relação aos significados de familiar e exótico, um trabalho de campo por exemplo, consiste na passagem entre dois estágios bem diferentes, Mas quando “ atravessamos a ponte ” como Da Matta fala, que entre nossa realidade, e o desconhecido, tido até então como exótico ,ele afirma que quando distanciamos daquilo que temos como familiar , enquanto que no final, acabamos por estabelecer laços sociais com o exótico , que torna-se, dessa forma, familiar. Portanto, quando transformamos o familiar em exótico e o exótico em familiar, finalizando o trabalho de pesquisa. Um aspecto que está presente em todo esse processo é a subjetividade humana, que é fundamental nas relações sociais. Dessa forma, quando adentramos em uma realidade diversa, desconhecida, carregamos com a gente uma série de subjetividades que acabam interferindo tanto positiva ou negativamente, no resultado de todo o processo. Essa interferência, quando positiva, ajuda a desvendar a dúvida do antropólogo (pesquisador). Quando negativa, contamina o resultado da pesquisa. E diferentemente Gilberto Velho, descreve em ”Observando o familiar” os fatores que interferem nos trabalhos de campo realizados em comunidades próximas, familiares e em comunidades tidas como exóticas (desconhecidas). Para Gilberto Velho, fatores como a subjetividade provocada pelas relações com os “ familiares ”, e os estereótipos em relação ao exótico provocam uma distorção nos resultados dos trabalhos de campo. Essa distorção, uma ”falha” tida como negativa ou positiva, a depender do ponto de vista de abordagem , ocorre principalmente pela cultura do pesquisador ,suas vivências pessoais, seus hábitos, sua cultura. Portanto,