Sociedades Complexas
REVISÃO DE LITERATURA: INDIVIDUALISMO E CULTURA (GILBERTO VELHO)
Juiz de Fora
2012
Introdução
Gilberto Velho se voltava às formas de vida nas modernas sociedades urbanas e industriais, aos dilemas de seus grupos e camadas sociais, às formas muito diversificadas de seus estilos de vida e visão de mundo, segundo a particularidade de suas trajetórias sociais. A partir disso, faremos reflexões sobre as sociedades complexas estudadas por ele, explicando suas características e particularidades, passando por pontos que entendemos como essenciais para melhor compreendê-las, como unidades e descontinuidades, contradição entre particularização e universalização, o individualismo marcante em tais sociedades, a utilização da linguagem de formas bem variadas, até a existência de projetos de diversas dimensões. Para complementar a ideia de Gilberto Velho, traremos também argumentos de outros autores, principalmente Louis Dumont, quem em muitos aspectos possui uma visão semelhante à de Velho, ao analisar diversos tipos de sociedades.
Sociedades Complexas
As sociedades complexas, assim referidas por Gilberto Velho (1981), possuem vários critérios que podem classificá-las como tal. Alguns exemplos seriam: Divisão social do trabalho, desenvolvimento da vida urbana, instalação do Estado, surgimento das classes sociais, aparecimento da escrita, desenvolvimento tecnológico, entre outros. Encontramos dificuldades em achar fronteiras entre sociedades complexas e não complexas. É preciso que esteja claro e que sejam feitas todas as ressalvas quanto ao nível da vida sócio-cultural referida e também qual o outro tipo de sociedade está sendo comparada quando se diz "de menor complexidade".
Há para ele, dois critérios importantes quanto à classificação de sociedades complexas e que estão intimamente relacionados. São eles: Divisão social do trabalho e distribuição de renda, que diferem e moldam as categorias