A Sociedade Moderna Complexa Desde A Sua Origem
Acreditou-se que esse homem, fruto de lutas históricas e sociais, seria um novo ser, livre, emancipado das amarras religiosas, econômicas, ideológicas, sociais, familiares, capaz de se autogerir, tornando-se o condutor de sua história.
O que nos faz modernos? O mercado, a economia, a educação, a liberdade?
Que liberdade é essa que não livrou o sujeito moderno de antigas amarras, anteriormente abominadas?
E que emancipação é essa que, em busca de um bem e de uma verdade, foi capaz de gerar grandes catástrofes históricas ao longo do século XX?
Chegou-se ao final desse período com a pergunta anterior sem resposta. Não se eliminou a dominação do homem por outro homem, tampouco se eliminou o caráter predatório na sociedade capitalista. Também o comunismo, nesse sentido, não deu conta de promover a emancipação humana, pois suas tentativas falharam e apenas conduziram a Estados burocráticos e com imensos abismos sociais.
Bauman (1998) também se preocupou com a questão da modernidade. Se anteriormente a sociedade dita moderna era vivida como sólida com projetos sociais e ideologias condutoras de rumos para os homens oje não se tem mais isso. Vive-se, como ele denomina, uma espécie de modernidade líquida, fluida, desapegada de promessas ideológicas, compromissos sociais e políticos e com um consumismo exacerbado. O que importa é consumir sem pensar nas consequências das compulsões estimuladas pelo mundo moderno. Essas compulsões levam cada vez mais à individualidade e ao isolamento afetivo como formas de proteção.
Como bem coloca Carvalho Campos, no seu artigo Axiodrama: uma possibilidade de