crise e morte da arte Estética
A arte começa a se esquivar do papel de juízo em sua crítica. “A arte já não quer ser valor nem produzir valores”. Evita-se usar a crítica como ferramenta que admita oficialmente a arte no sistema de cultura institucionalizada. Em outras palavras: o papel da crítica muda no meio artístico, talvez perdendo um pouco da sua importância e da sua “ameaça” a algumas manifestações artísticas.
Há duas hipóteses: ou a arte é um ser em si, que não tem premissas nem fins, ou é um modo que, constituindo-se em sistema com outros, realiza a totalidade e a unidade do saber. *
*Neste caso, a arte partiria de premissas não artísticas (como a religião, a política etc) e teria em vista essas mesmas finalidades não artísticas. Exemplo: uma construção arquitetônica exprimindo artisticamente uma concepção religiosa ou política. Dessa forma, ocorreria uma interação da história da cultura e da civilização em geral com a arte, ainda que este conservasse a autonomia de suas modalidades. A arte não seria um critério isolado dos outros aspectos culturais.
Já de acordo com a primeira das hipóteses, a arte se faria a partir da arte e para alcançar a arte, e não poderia ser entendida como um valor. Ela seria, portanto, classificada como uma redundância que nos impossibilitaria de definir um conceito de arte. A formalização do conceito de arte destruiria a obra de arte como tal. A arte e a crítica também se destruiriam.
Conclusão: se considerarmos a primeira hipótese, a crítica seria o aspecto determinante da morte da arte, pois o conhecimento artístico ficaria diluído no filosófico. Já de acordo com a segunda hipótese, a morte da arte depende somente da sua própria crítica, não havendo relação entre a crítica da arte e os outros aspectos da realidade cultural.
Diálogo com “A TV levada a sério”, com entrevista de Arlindo Machado: Arlindo é um defensor ferrenho da TV em sua fase mais popular e improvisada. A marca