experiencia do valor Estética

Resumo de Estética: “A experiência do valor, Clement Greenberg

Nada pode ser vivido esteticamente sem juízo de valor, porque a experiência estética é constituída pela avaliação, pela percepção de qualidades. A experiência do valor é a experiência do juízo; a presença do valor demanda a presença do juízo. Não existe uma sem a outra.
Kant: É o juízo de valor que torna a experiência estética acessível, efetiva; empresta vida à arte e oferece aquilo que apenas ela pode nos oferecer. É graças a essa capacidade que podemos nos relacionar a nível de avaliação com a arte. O juízo de valor também confere forma à arte.
O distanciamento estético e a valoração estética também não podem ser separados. Na experiência real, eles também permanecem interligados. Não há valoração sem distanciamento e não há distanciamento sem valoração, sem julgamento. Por estar esteticamente distanciado, um objeto recebe forma e pode ser julgado.
Um juízo estético de valor é uma experiência (avaliativa) da qual se gosta ou não; com a qual se satisfaz ou não. Ela pode agradar ou não ao gosto de alguém. Às vezes podemos avaliar uma obra de arte como um mero fenômeno, de tal modo que ela não nos agrada nem nos desagrada. Por alguma razão não somos capazes de julgá-lo. Daí pode sair a impressão de um juízo estético negativo (que seria ilegítimo ou talvez nem mesmo seria um juízo estético).
A questão do valor estético negativo (da arte mal sucedida ou insatisfatória) foi evitada pelos filósofos. De modo geral, eles se recusavam em definir a arte ruim como arte.(Contraponto ao que foi estudado em relação a Danto e Argan, por exemplo).
É importante lembrar que julgar não é sinônimo de se prender a um juízo. O juízo estético é espontâneo, involuntário; não requer deliberação nem reflexão. A avaliação e a apreciação são provenientes de uma revisão de um juízo que já aconteceu. A experiência estética se vale de juízos de valor intuídos e não ponderados.
A obra de arte é um juízo de valor na medida