Clifford, geertz e roy wagner: consonâncias

esses paradigmas nomeados por Clifford, produziu “a invenção da cultura” que Roy Wagner se ocupará. Nesse sentido, a história dos paradigmas etnográficos é a história de produções de extensões analógicas: a reflexão de Wagner ajudará na compreensão de como a autoridade etnográfica, de uma forma ou de outra, nunca se livrou, apesar das tentativas contrárias, de ser monológica e auto-referente, em última instância. É por isso que o próprio Wagner é colocado, por Clifford, na tradição etnográfica que busca reconhecer o processo intersubjetivo que envolve a experiência de campo, já que sua crítica tem ressonâncias nas críticas de Clifford a esses mesmos paradigmas tradicionais. Para Wagner, o termo “cultura”, assumidamente um termo fundamental na disciplina antropológica, foi cunhado para dar conta da diversidade do fenômeno humano – tanto do “nós” como do “eles” -. exigindo do antropólogo uma postura de objetividade relativa – a ideia de que se trata de um conhecimento intersubjetivo e, portanto, não é dado, mas construído – e de relativismo cultural – as culturas são formas equivalentes daquele fenômeno. Nesse sentido, o antropólogo sempre teve consciência do caráter subjetivo de seu conhecimento, muito embora, como Clifford alerta, a escrita – etnografia – resultante desse processo tenha, desde os primórdios, apagado a presença desse sujeito e, consequentemente, a voz do sujeito estudado. Wagner diz que a inevitabilidade desse processo na tradição antropológica tem…

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE MUSEOLOGIA DISCIPLINA: TEORIA ANTROPOLÓGICA III PROFESSOR: GABRIEL COUTINHO NOME: ANA FLÁVIA DELFINO JOSÉ A antropologia interpretativa de Geertz, a crítica de Marcus com relação à etnografia habitual e Wagner mostrando que o homem inventa sua realidade. O presente ensaio está dividido em três partes, a primeira será uma breve explicação da noção de “antropologia interpretativa “,…

Antropologia Geertz: - Crítica à Antropologia que em certos momentos particularizou ao extremo ou universalizou ao extremo. - Etnocentrismo e Racismo: Etnocentrismo talvez seja bom e proteja (fala de Lévi-Strauss).Se não existir – risco de uma entropia moral (diversidade que some pela igualdade e fraternidade) - Mas o problema do etnocentrismo é impedir de ver em que ângulos nos situamos de fato. - Somos, diz Lévi-Strauss, passageiros desses trens que são nossas culturas, cada qual…

Antropologia A invenção da cultura de Roy Wagner. Trad. Marcela Coelho de Souza e Alexandre Morales. São Paulo: Cosac Naify, 2010. 253 pp. Marcio Goldman [1] A interpretação das culturas foi traduzido para cerca de vinte línguas; Cultura e razão prática foi traduzido ao menos para o alemão, espanhol, francês, italiano e português. Mas A invenção da cultura é a primeira tradução do livro de Wagner. Além disso, o livro praticamente não foi resenhado ao ser publicado.…

A INVENÇÃO DA CULTURA de Roy Wagner. Trad. Marcela Coelho de Souza e Alexandre Morales. São Paulo: Cosac Naify, 2010. 253 pp. Há três modos de abordar A invenção da cultura: enfatizar a originalidade quase absoluta do livro, seu caráter intempestivo; inventariar suas dívidas para com os autores a ele contemporâneos ou para com aqueles de um passado recente ou remoto; tentar, enfim, um equilíbrio judicioso entre a primeira e a segunda opções. Por diversas razões escolhi…

conceitos que superem acepções dualistas de mundo, como rede, simetria, multinaturalismo, relação. Roy Wagner, em “A invenção da cultura”, discorre sobre este ato criativo, partindo do pressuposto de que a condição humana partilhada por antropólogos e nativos os coloca em pé de igualdade, o que rompe com a crença da superioridade epistemológica dos antropólogos perante os nativos, na medida em que ambos são “seres culturais”, estabelecendo, assim, uma paridade epistemológica entre…

Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro (pp. 41-56). 16/08 - 24/08 – Lévi-Strauss, C. 1996. ‘Lugar da Antropologia nas Ciências Sociais e Problemas Colocados por Seu Ensino’. Em: Antropologia Estrutural. (pp. 385-424). 18/08 – Geertz, Clifford 2001. ‘A situação atual’. Em: Nova Luz Sobre a Antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 23/08 – Geertz, Clifford 2001. ‘Anti Anti-relativismo’. Em: Nova Luz Sobre a Antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.…

final: 04 de novembro, às 18h, divulgado no mural do PPGAS e no site do Programa - http://www.posgraduacao.ufrn.br//ppgas. 9. INÍCIO DO CURSO: Fevereiro de 2014 10. BIBLIOGRAFIA INDICADA PARA A PROVA ESCRITA: EVANS-PRITCHARD, E. E. Os Nuer. São Paulo: Perspectiva, 1978. FISCHER, Michael. A cultura e a análise cultural como sistemas experimentais. In: FISCHER, M. Futuros Antropológicos: redefinindo a cultura na era tecnológica. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. Pág. 19-72.…

FACULDADE DE DIREITO E CIÊNCIAS DO ESTADO ANTROPOLOGIA JURÍDICA PROF. DR. MARCELO MACIEL RAMOS PLANEJAMENTO DE AULAS MODULO 1: INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA JURÍDICA 1. (28.08.15) ANTROPOLOGIA JURÍDICA: A CULTURA E O DIREITO WAGNER, Roy. A Invenção da Cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010. [Cap.1. A presunção da cultura, p. 27-46]. GEERTZ, Clifford. a interpretação das culturas. Editora LCT. [Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura, p. 3-21]. 2. (04.09.15) NOÇÕES…

hora da reprodutibilidade. A aura, no entanto já não existe mais, o período histórico de sua construção (obra de arte) foi destruído, perdido, desapareceu copiosamente em circunstâncias que desvalorizarão o seu aqui e o agora, como por exemplo: uma catedral de Monet, uma peça de Richard Wagner, uma peça de Shakespeare ou uma sinfonia de Beethoven. Walter Benjamim, diz que os elementos espaciais e temporais na hora de ouvir e ver uma obra de arte é único. Então, o único fato de se…