Antropologia interpretativa
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE MUSEOLOGIA
DISCIPLINA: TEORIA ANTROPOLÓGICA III
PROFESSOR: GABRIEL COUTINHO
NOME: ANA FLÁVIA DELFINO JOSÉ
A antropologia interpretativa de Geertz, a crítica de Marcus com relação à etnografia habitual e Wagner mostrando que o homem inventa sua realidade.
O presente ensaio está dividido em três partes, a primeira será uma breve explicação da noção de “antropologia interpretativa “, segundo Clifford Geertz , seus pressupostos e consequências para a prática antropológica , no segundo momento as críticas e as propostas feitas por George Marcus sobre “novos modos de representação do observador e do observado nas etnografias, e num terceiro momento a afirmação de Roy Wagner de que “um antropólogo ‘inventa’ a cultura que ele acredita estar estudando, que a relação por constituir em seus próprios atos e experiências é mais “real” do que as coisas que ela relaciona”.
Antropologia interpretativa segundo Geertz
A antropologia surgiu observando-se o conceito de cultura, onde se tenta limitar, especificar, enfocar e conter este conceito, Geertz tenta mostrar um conceito de cultura mais limitado, mais especializado que substituirá o conceito de Tylor. Para Geertz o conceito de cultura defendido por ele é essencialmente semiótico, pois o mesmo não serve como uma ciência experimental regida por leis, mas sim como uma ciência interpretativa e cercada de significados, acreditando nas palavras de Weber, que o homem é um animal amarrado às teias de significados que ele mesmo teceu. Quando pensamos em ciência, precisamos apenas compreender os que os praticantes de ciência fazem, mas em antropologia os antropólogos fazem etnografia, Geertz então procura compreender o que é essa prática etnográfica para então começar a entender a forma do conhecimento. Como sabemos etnografia é estabelecer relações, selecionar informações, transcrever texto, fazer levantamento