Cidade Antiga

A CIDADE ANTIGA SÃO MIGUEL DO OESTE-SC MARÇO DE 2014 CAPÍTULO I NOVAS CRENÇAS. A FILOSOFIA MUDA AS NORMAS DA POLÍTICA. A princípio uma religião muito antiga fundava a família, depois a cidade. Em primeiro lugar ficou o direito domestico e o governo de Gens, seguidamente foi criado às leis civis e o governo municipal. Estado e religião eram totalmente ligados, o Estado nasceu da religião e até se confundia com ela. Em cidades primitivas

8 A IMUTABILIDADE RELIGIOSA Diferente da concepção tida pelas sociedades contemporâneas a respeito da religião, os antigos a enquadravam como um conjunto de crenças, práticas e rituais únicos a cada família ou cidade. Nessa perspectiva, não houve a necessidade de atribuir sentido ou compreender aquilo em que se acreditava, uma vez que o indivíduo era submisso a uma doutrina religiosa incontestável e imutável, restrita apenas aos atos de culto exterior, às cerimônias e ritos, os quais…

It A Cidade Antiga, título de Fustel de Coulanges, é peça essencial para o estudante de Direito. Como ressalta a Introdução, a obra cuida da necessidade de estudar as mais velhas crenças dos antigos para conhecer as suas instituições – o que remete-nos à História do Direito. Aos que interessam tomar nota, as páginas discursam, assim afere o título, às cidades antigas, como as civilizações grega e romana –incluindo a Política e governo. O Livro Primeiro, intitulado “Crenças…

1878 assumiu a cadeira de história medieval na Sorbonne. Seu último cargo importante foi o de diretor da École Normale Supérieure, a partir de 1880. Contudo, o trabalho que o consagrou foi La cite antique (1864; A cidade antiga), em que estuda a evolução política e social das antigas Grécia e Roma. Nesta obra o historiador dá singular destaque às crenças religiosas e seu papel ímpar como causa de um processo evolutivo ocorrido tanto em Roma quanto na Grécia. Seguindo o método…

as lutas de famílias. Muito tempo foi preciso que essesdeuses saíssem apenas do culto familiar, e observa-se que muitos deles nem chegaram a sair deste círculo doméstico. A medida que uma divindade familiar ia ganhando prestígio todauma aldeia ou cidade desejava adota-la, contudo se uma famílias aceitasse o culto público deseu deus, ficava restrito a apenas membros da famílias o sacerdócio. É certo dizem portantoque essa segunda religião é mais apropriada ao crescimento social do homem…

diante do tribunal da cidade; a justiça pública não existia senão para ele. Desse modo, o pai ficava responsável pelos delitos cometidos pelos seus familiares. Esse direito de justiça, que o chefe de família exercia na casa, era completo e sem apelação. Podia até condenar à morte, como fazia o magistrado na cidade. Nenhuma autoridade tinha direito de modificar sua sentença. Seu poder não tem limites; pode o que quer. Como o pai de família submetia-se apenas ao julgamento da cidade, a…

mortos não voltariam ao túmulo. O morto cultuado desempenha um papel importante na vida das pessoas, ao se encontrar um túmulo parava –se e dizia-se: " Tu, que és um Deus sobra terra, seja –me propício". Essa religião dos mortos parece ter sido a mais antiga que existiu, antes de adorarem Indra ou Zeus, homem adorou seus mortos, pela primeira vez o homem teve a idéia do sobrenatural, acreditou em coisas que transcendiam, talvez morte foi seu primeiro grande mistério e elevou seu…

A CIDADE ANTIGA LIVRO PRIMEIRO ANTIGAS CRENÇAS CAPÍTULO I Crenças a respeito da alma e da morte Os pensamentos e costumes desde épocas remotas podem reconhecer as idéias do homem a respeito de sua natureza, alma e o mistério da morte. Na história das raças indo-européias, nas quais gregos e italianos, acreditavam que antes dos primeiros filósofos já se criava uma segunda existência para além da vida terrena, a morte não como decomposição do ser, porém como transformação da vida. Para os

A CIDADE ANTIGA – FOUSTEL DE COULANGES PREFÁCIO LIVRO PRIMEIRO: ANTIGAS CRENÇAS CAPÍTULO I – CRENÇAS A RESPEITO DA ALMA E DA MORTE Ao observarmos em que acreditavam os gregos e romanos, temos que no início nossos antepassados já tinham a ideia de que a morte era apenas uma transição para uma nova situação. A alma do indivíduo após sua morte não iria para um mundo diferente do nosso, mas continuaria na terra junto com os vivos. “Acreditou-se até por muito tempo que durante essa…

LIVRO QUARTO AS REVOLUÇÕES CAPÍTULO I PATRÍCIOS E CLIENTES A cidade antiga, como toda sociedade humana, apresentava classes, distinções, desigualdades. Conhecemos em Atenas a distinção inicial entre eupátridas e tetas; em Esparta encontramos a classe dos iguais e a dos inferiores; na Eubéia, a dos cavaleiros e a do povo. A história de Roma é fértil de lutas entre patrícios e plebeus, lutas que encontramos também em todas as cidades sabinas, latinas e etruscas. Podemos até notar que quanto mais