Bode Expiatorio Rene Girard

SHAKESPEARE, William 1605 XVII Dom Quixote Cervantes, Miguel de 1605 XVII Aurora Nascente Böhme, Jakob 1612 XVII Novum Organum Bacon, Francis 1620 XVII Discurso Sobre Método Descartes, René 1637 XVII Duas Novas Ciências Galileu Galilei 1638 XVII Meditações Sobre Filosofia Primeira Descartes, René 1641 XVII Leviatã Hobbes, Thomas 1651 XVII Paraíso Perdido Milton, John 1667 XVII Pensamentos Pascal, Blaise 1670 XVII Fedra RACINE, Jean 1677 XVII…

Número FRANKL, Viktor 050. [ ] A Vontade de Sentido FREYRE, Gilberto 051. [ ] Casa Grande & Senzala FRYE, Northrop 052. [ ] Anatomia da Crítica 053. [ ] O Grande Código GIRARD, René 054. [ ] A Violência e o Sagrado 055. [ ] O Bode Expiatório 056. [ ] Coisas Ocultas desde a Fundação do Mundo GUÉNON, René 057. [ ] O Reino da Quantidade e os Sinais dos Tempos 058. [ ] O Homem e seu Devir segundo o Vedanta 059. [ ] O Simbolismo da Cruz HUIZINGA, Jan 060. [ ] O…

é sempre a imitação - literal, servil e sem questionamentos. O ingresso no mundo juvenil dispara a toda velocidade o motor de todos os desvarios humanos: o desejo mimético de que fala René Girard, onde o objeto não atrai por suas qualidades intrínsecas, mas por ser simultaneamente desejado por um outro, que Girard denomina o mediador. Não é de espantar que o rito de ingresso no grupo, custando tão alto investimento psicológico, termine por levar o jovem à completa exasperação impedindo-o,

83 Girard e Heidegger: Kénosis e fim da metafísica1 Gianni Vattimo “Para completar Heidegger e torná-lo perfeitamente inteligível, não se deve lêlo em uma luz filosófica, mas à luz da etnologia, não de uma etnologia qualquer, obviamente, mas da etnologia por nós há pouco delineada, que descobre finalmente o mecanismo da vítima expiatória e reconhece no sagrado a matriz original do pensamento humano.” 2 Esta minha breve contribuição sobre René Girard poderia seguramente começar…

significado social quanto o alívio que fornecem à alienação. A tentativa de Nietzsche e Wagner de entender o conceito do sagrado foi levada adiante não por antropólogos, mas por teólogos e críticos. É a teoria de René Girard. Em "A Violência e o Sagrado" (1972), Girard começa com uma observação que nenhum leitor imparcial da Bíblia judaica ou do Alcorão pode deixar de fazer, que é a de que a religião pode oferecer paz, mas tem suas raízes na violência. O Deus apresentado nestes textos é

identificado(a) como agente de um poder hostil a determinada sociedade, expulsá-lo(a) da comunidade ou persegui-lo(a) de qualquer maneira dá aos ortodoxos um senso de camaradagem e de autojustificação. Uma vez que essa pessoa é identificada como bode expiatório, a sociedade pode projetar sobre ela todo tipo de maldade que reprimiu em si mesma. Assim como as pessoas são passíveis de cometer (e de fato cometem) o erro de projeção negativa – atribuindo aos outros os sentimentos de…

Deus, fez com que se tornasse mediador de uma nova aliança. Nesta nova aliança, Deus comunica em plenitude a santidade e a justiça. Por isto, a novidade do sagrado cristão significa que Jesus conduz os seres humanos à santidade. De acordo com René Girard, mesmo que os cristãos nem sempre o apliquem na prática, o específico do cristianismo está em subverter constantemente o primitivo e o mítico em nosso mundo. O cristianismo seria, pois, um princípio desorganizador da sociedade, que…

retribuição, pois ninguém pode autorizar alguma pessoa, a matá-lo por exemplo. O renomado autor, verifica que a retribuição da pena, é na verdade, uma tendência humana em sentir prazer pelo sofrimento humano. A explicação desse prazer é relatada por René Girard6, no livro A violência e o Sagrado, onde revela que apreciação humana em assistir a sacrifícios vem desde a formação da sociedade, por uma experiência expiatória que teria acalmado ânimos, numa sociedade que estava a beira…

maniqueísmo cultural, vigente de modo religioso e também laico, de como tornamos dual a vida. Em tudo, ou bem ou mal; em tudo suspeita de mal. Em tese, não conseguimos trabalhar bem nossos demônios interiores. Eles acabam sendo projetados nos bodes expiatórios, nos indivíduos a serem sacrificados, nas personificações externas do Mal, no castigo e na fogueira7. Os nossos heróis são modelos mitológicos que vencem o mal. Contudo, chegou a hora de amar e transmutar o mal interior e exterior.…

outra coisa senão seu modo de se dar na história aos homens de uma determinada época. Encarnação e Kênosis como chaves de leitura da modernidade secularizada No livro autobiográfico Crer de crer, Vattimo revela que foi a leitura da obra de René Girard que lhe permitiu a possibilidade de perceber a ligação entre a intuição de Heidegger da metafísica Ocidental como esquecimento e aniquilamento do ser e o evento da encarnação de Jesus Cristo, que se realiza na Kênosis. Em certo…