Ônibus 174

Ônibus 174
Em 12 de junho de 2000, um homem, Sandro Barbosa do Nascimento, entrou em um ônibus da Zona Sul do Rio de Janeiro e deu início ao assalto, que acabou resultando em sequestro. O caso estava ao vivo, as mídias passavam o caso em ‘primeira mão’. Durante esse episódio uma cena muito marcante aconteceu, uma mulher que estava dentro do ônibus que estava sendo aterrorizados escreveu no vidro com batom “ele vai matar geral”! Depois de muitas horas, depois de Sandro liberar algumas pessoas e de tentativas se negociação com a polícia, Sandro decide sair do ônibus, mas escolhe uma pessoa para ser sua refém, Geísa. Nessa altura o atirador de elite do BOPE, (Batalhão Operacional de Policias Especiais) já estava posicionado atrás do Sandro, dispara e erra o tiro. A bala acerta de raspão a refém, Geísa. Sandro disparou três vezes e matou a moça. Sandro foi colocado na viatura pelos policiais, e “morreu” por asfixia no caminho para a delegacia. O impressionante foi que os policias foram julgados e considerados inocentes!
Isso foi o que apareceu na mídia, o crime, o sequestro, o assassinato, o monstro. Mas o que não mostraram foi que Sandro era um menino de rua, e em 1993, foi uma das vítimas da chacina da candelária. A chacina da candelária recebeu este nome pois em 23 de junho de 1993, enquanto 70 jovens e crianças dormiam em frente a Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, um grupo de homens mascarados atiraram neles, 8 pessoas morreram, e os que sobreviveram sofreram com as sequelas durante toda a vida. Sandro sobreviveu, mas viu seu amigo ser morto de uma forma cruel e brutal. Ou seja, Sandro sofreu traumas durante sua infância, o que explicaria um problema psicológico. Uma das seqüestradas afirmou “Ele não ia matar ninguém”. Será que a atuação da mídia foi o principal fator para a história tomar um rumo diferente?
Este caso assemelha-se com um outro caso, o caso da menina Eloá e de sua amiga, que foram sequestradas pelo ex namorado de Eloá, Lindemberg,