Ética e moral
Para relacionarmos as condições históricas com a ética e com a moral, se faz necessário compreender esses conceitos. Sendo que por moral podemos depreender por normas individuais que pautam o comportamento humano, estas normas são aceitas intimamente e reconhecidas como obrigatórias, logo os indivíduos têm o “dever” de agir desta ou daquela forma, de acordo com sua moral, lembrando sempre que esta é particular, singular.
No entanto os homens não só agem moralmente, mas também refletem sobre esse comportamento prático, e o tomam como objeto de sua reflexão e pensamento. Dá-se assim a passagem da moral efetiva, vivida, para a moral reflexa, e dessa forma nasce o pensamento filosófico ético. Mas a ética diferencia-se por não tratar de um comportamento individual isolado, e sim em sua generalidade, como ciência, é teórica, e busca investigar, explicar o comportamento humano moral, em sua totalidade, diversidade e variedade. Contudo, como cita fulano esses conceitos não estáticos, há uma estreita vinculação entre os conceitos morais e a realidade humana, social, sujeita historicamente à mudança. Sendo que, em toda moral efetiva se elaboram certos princípios, valores ou normas. Dessa maneira, podemos compreender que mudando a vida social, também muda a vida moral, e sendo assim se torna necessário novos valores, novas normas e novos princípios, pois os anteriores se tornam insuficientes para aquela nova realidade.
Destarte, podemos compreender a sucessão de doutrinas éticas em conexão com a mudança e a sucessão de estruturas sócias. Por exemplo, podemos citar a evolução do pensamento ético na antiguidade clássica, pois, para Aristóteles, assim como para Platão a ética estava unida a sua filosofia política, para tais a comunidade social e política é o meio necessário da moral, não obstante, na ética epicurista e estóica, que surgem numa época de decadência e de crise social, a unidade moral e da