Resenha a geografia critica radical
Com a decadência da Nova Geografia surgiram muitas críticas que podem ser reunidas em dois grupos: o teórico-metodológico e o do domínio prático e ideológico da Nova Geografia. O primeiro diz respeito à utilização de modelos econômicos de inspiração neoliberal ou neoclássica. Que pressupõem um comportamento social perfeitamente racional, que busca a satisfação de suas necessidades por uma via analítica, racional e objetiva. A maioria desses modelos supõe uma difusão igualitária da informação e um espaço isomórfico. O espaço isomórfico dos modelos não se assemelha à imagem da realidade de um espaço carregado de valores, tradições, hábitos e etc. Os princípios que sustentam os modelos teóricos mais prestigiados da geografia moderna foram então vistos com desconfiança, e assim acusado de se apoiarem em bases falsas. Esta crítica diz que o conjunto dos instrumentos quantitativos seria uma roupagem renovada das velhas questões da geografia clássica. O que não passa de uma “falsa renovação”. Outra associação efetuada é a do positivismo que busca dar uma “naturalidade” ao desenvolvimento capitalista. O discurso crítico considera, portanto, a ciência em sua forma dominante como um instrumento de alienação social. Esse discurso enfatiza que a verdadeira revolução na metodologia da geografia moderna só chega a partir da crítica radical, pois tem a funcionabilidade de uma política revolucionária que trata de um saber a serviço de uma transformação social. Enfim tal corrente acredita estar fundada sobre o conhecimento da essência dos fatos, e não das suas aparências. O filósofo Marx propõe um discurso científico muito interessante, que no qual fornece o otimismo racionalista, mística da produção, confiança nos dons inesgotáveis da natureza. Visando o fim do historicismo no qual o pleno emprego das forças humanas colocará fim às condições limitadas das formas de produção. O marxismo afirma que o sujeito