ética na advocacia em massa

Ética Profissional na advocacia em massa : critica

A ética da massa

O presente texto não tem função de convencer o leitor das premissas e ideias aqui expostas. Ele tão somente deseja compartilhar um ponto de vista e apresentar, com base nas experiências do escritor, o desenvolvimento de um diálogo que levanta algumas situações que ocorrem no cotidiano do mundo jurídico, pelo menos no cerne da Advocacia e Jurisdição Estatal.
A começar, vamos nos atentar ao olhar da criança ao mundo jurídico. No que tange a eles, provavelmente, as principais figuras que desenham esse plano são o advogado e o juiz. A meu ver, é uma visão simples e, de certo modo, justa de acepção: elas visualizam o advogado como o defensor dos necessitados, aquele que defende alguém ou algo até o fim, firme, ímpeto, inabalável pela sede de defesa de uma concepção de sua mente e cliente. O juiz, por sua vez, é o grande justiceiro, aquele que mede o plano concreto e aplica nele a verdade jurídica, tem a busca incessante de promover o bem e a justiça, inflexível e incorruptível.
De certo modo, pode-se dizer que a visão da criança para esse mundo não é equivocado, porém, ele é maravilhado pelos ideais sobre essas duas figuras, que os filmes e enredos de novela dentre outras formas de entretenimento idealizam em ápice, formando na cabeça dos jovens a ideia de que esses agentes são seres incríveis, espelhos a serem seguidos, respeitados e objetivos a serem alcançados.
Nada disso esta errado, porém, isso não significa dizer que esta correto. A grande verdade, e é aqui que denoto minha opinião, é que esses seres de fato apresentam uma faceta que revela todas as características que as crianças se permitem idealizar e que eu, como uma dessas crianças, acreditei até vivenciar a verdade que acomete o nosso sistema jurídico atual.
Foi preciso que eu entrasse na vida de um futuro advogado ou juiz, como sendo um estudante de Bacharelado em Direito, para que eu pudesse vislumbrar o que ocorre hoje