África: um continente sem história?
INTRODUÇÃO Berço das mais antigas civilizações, o continente africano foi estrangulado por preconceitos e mitos, no qual esconderam sua história, transformando-se em um “continente esquecido”. A luta de movimentos negros nos faz perceber o repúdio contra o desprezo dos conteúdos sobre a África em geral, defendendo o fortalecimento da identidade de um povo discriminado em virtude da cor da pele; do direito e cada um independentemente de seu grupo social, sua cultura, ser o que é com orgulho; de disposição de luta contra qualquer tipo de opressão, de autoridade originada na raiz cultural; de ampliação da capacidade de aprender com outras culturas. Muitos conhecem a África Atlântica a partir dos navios negreiros, mas a história não se reduz a isso. Por tanto, percebe-se nos Parâmetros Nacionais Curriculares a necessidade de estudar o continente africano para além da escravidão iniciado pelo colonialismo europeu:
“O estudo histórico do continente africano compreende enorme complexibilidade de temas do período pré-colonial, como arqueologia (...). Essa complexibilidade milenar é de extrema relevância como fator de informação dos descendentes daqueles povos. Significa resgatar a história mais ampla, na qual os processos de mercantilização da escravidão foram um momento que não pode ser amplificado a ponto que se perca a rica construção histórica da África”. O projeto África: um continente sem história, foi idealizado a partir do reconhecimento de trabalhar as questões etnorraciais no âmbito escolar e se adequarem para cumprir as exigências legais e curriculares, como também pelo fato de que as informações que temos sobre a África se consolidam pela visão conservadora do imperialismo e de uma série de preconceitos. Compreender nossa postura diante do ensino e pesquisa da história da África faz com que tenhamos um olhar sobre o tema, sob outra perspectiva, contribuindo para uma nova abordagem enfatizando