O valor simbólico do trabalho
As sociedades regidas pela lógica capitalista, cenário onde ocorrem as transformações no mundo do trabalho, dando ênfase ao fenômeno que vem acontecendo, onde se fala cada vez mais de emprego e não de trabalho.
A partir do momento em que Nicolas kadañ teve seus olhos furados ele perdeu toda sua razão de viver. Ali ele depositou todo seu tempo, e seu amor. Anos de dedicação. A partir desse momento parece que o trabalho não passa mais a ser um desejo e sim uma necessidade.
A partir dali o relojoeiro teve uma posição privilegiada, mas não podia fazer mais o que ele gostava.
Várias teorias surgiram, e cada vez mais evidenciadas, onde o sujeito não é mais enxergado no Trabalho, mas somente é visto o trabalho, e não quem o fez.
O que se percebe que ao passar do tempo, o sujeito passa a encarar o trabalho como uma forma de ganhar dinheiro, e não de trabalhar naquilo que se ama, suposto que o trabalho virou uma tortura para muitos.
Na psicanálise, a atenção que é dada ao vazio causado pela separação entre o sujeito-trabalhador do seu saber e o deslocamento do saber em direção ao objeto, dá-se no sentido do preenchimento desse vazio.
Muitas vezes o sujeito vai à busca do trabalho por que precisa, e se vê preso nele, pois não encontra realizações. Isso tudo faz com que o sujeito procure cada vez mais, tenha vários trabalhos, para saciar essa vontade de se encontrar, uma busca muitas vezes insaciável, de quanto e quando alcançar.
Esse processo de migrações desenfreadas começa desde cedo, na família onde, o sujeito identifica-se com os pais um saber que traz consigo, e a seguir tenta nessa busca desenfreada encontrar seu papel na sociedade.
Há na busca de valores um desgaste, pois muito tempo se passou e alguns objetos ainda pagam para que o sujeito tenha “energia necessária para produzir” de repente não o quanto ele valha, pois até então ele possa ser substituído, isso faz com que o sujeito vá buscar o objeto vendo nele somente o