O Tropicalismo E Arte No Brasil
“Tropicália” mostra uma breve ideia sobre o chamado “Movimento Tropicalista” no Brasil, no final dos anos de 1960. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Rita Lee, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Maria Bethânia, Os Mutantes, entre muitos outros nomes talentosos se mostraram ativos neste momento de enorme repressão no Brasil, onde grandes liberdades não eram permitidas pela ditadura, mas nem isso foi capaz de calar suas vozes. O Tropicalismo, como também é conhecido, foi um movimento brasileiro de ruptura cultural que, na música, tem como marco o lançamento, em 1968, do disco Tropicália. O nome Tropicália surgiu a partir de uma obra do artista Hélio Oiticica, que propunha uma experiência sensorial a partir de elementos que eram considerados característicos do Brasil. Seus eventos fundadores são localizados em 1967, embora tenha surgido no começo de 1968: na música - sua maior vitrine - através das inovadoras propostas de Caetano e Gil, no III Festival de Música Popular da TV Record de 1967. O movimento foi influenciado por correntes artísticas internacionais da época (como o rock e a pop art), às quais foram adicionados elementos originais da cultura brasileira (samba, baião, etc.). A utilização de elementos estrangeiros na estética, misturados a letras com tom poético, que abordavam temas cotidianos e camuflavam críticas sociais sem oposição política explícita, e o uso constante de guitarras elétricas marcou a mistura de tradições da cultura nacional e inovações internacionais, despertando a crítica dos adeptos de outro movimento musical, muitos músicos tradicionais e nacionalistas, que acreditavam que esta era uma forte influência da cultura “pop-rock” americana, o que fatalmente prejudicaria a música brasileira. Mas a importância do tropicalismo residiu, acima de tudo, nesse seu mérito artisticamente inovador, que serviu para modernizar a música popular brasileira incorporando e