O TRANSCENDENTAL BEM EM SÃO TOMÁS DE AQUINO
João Neto Paula de Freitas1
RESUMO
Este artigo tem como objetivo expor o pensamento do filosofo medieval Tomás de Aquino sobre o transcendental bem. O mesmo vem fazer uma comparação desse transcendental com o ser, bem como dar uma definição para ele. Expõe os conceito de apetibilidade e causalidade. Esclarece a divisão do bem em honesto, útil e deleitável. Termina mostrando-nos como Tomás cria uma metafísica cristã, observando nossa relação com o bem que é o ser divino, Deus.
Palavras-chave: Bem; transcendental; Deus.
Introdução
A Idade Média muitas vezes é caracterizada como uma época de atraso no conhecimento humano, sendo até chamada de idade das trevas, mas nos podemos constatar que não foi bem assim. Principalmente no século XIII, que é batizado pelos estudiosos como o século de ouro da Idade Média, podemos contatar que a civilização medieval atinge pontos culminantes em todos os campos: nas artes, na literatura, na politica, na teologia e também na filosofia. Nesse período vive uma das figuras dominantes nesse período e um dos maiores filósofos e teólogos de todos os tempos. Tomás de Aquino o expoente máximo entre os escolásticos, verdadeiro gênio metafisico elaborou um sistema de saber admirável pela transparência logica e pela conexão orgânica entre as partes, de índole mais aristotélica do que platônico-agostiniana.
Tomás expõe em linhas gerais seu pensamento metafisico em sua obra O ente e a essência, traçando as características de suas premissas teóricas que sustentarão sua construção filosófico-teológica. Ele conceitua o ente e divide-o em: ente lógico (que é o caráter universal dos conceitos que são frutos da faculdade abstrativa) do Intelecto; e ente real (que é todo ente, ou seja, tudo que existe, mas de modo analógico. O ente real se distingue em: essência que é atitude/potência para ser; ato de ser que é aquilo que existe de fato e os transcendentais da qual iremos nos aprofundar adiante.
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