Filosofia da arte no tomismo
O termo “estética” foi empregado originalmente por Alexander Gottlieb Baumgarten (1714-1762) para dar título à sua obra Aesthetica, de 1750 (obra inacabada que tinha por objeto a analise e a formação do gosto); trata-se de um neologismo que provém do grego aisthesis cujos significado é sensação, sentimento. Assim, a estética pode ser considerada como:
“O estudo dos julgamentos de apreciação quanto ao belo e ao feio. Teoria do belo, sua natureza e condições. Dividi-se em teórica, ou geral (estudo da nossa percepção do belo), e prática ou particular (estudo das diversas formas de arte)” [2].
O Filosofo Kant tomou a palavra noutro sentido na “Crítica da Razão Pura”, pois designou a Estética como sendo o estudo das “Formas a priori de sensibilidade”, mas na “Crítica do Juízo” considerou como sendo o juízo de apreciação relativo ao belo, uso que permaneceu constante.
Assim, a estética estuda o belo e o sentimento promovido pela sensibilidade do sujeito, por meio da arte. Considerando o objeto estético como sendo o belo, sua expressão ocorre na arte. A estética comporta as teorias da percepção e criação artística, e a arte tem por finalidade a expressão do belo enquanto objeto de excitação sensitiva e sentimental.
Integrando-se à Filosofia, a Estética é designada também por Filosofia da Arte ou Filosofia do Belo.
O conceito Estética no Tomismo
O Tomismo conserva alguns elementos das concepções clássicas na doutrina da arte (ars); doutrina onde os antigos denominavam como arte, aquilo que entendiam por seu objeto próprio, poética (arte produtiva)[3] , nela o belo (pulchrum) não se incluía apenas como objeto a fazer, pois o belo explicitava a harmonia e manifestação ôntica no abrir-se à totalidade do real, do ser.
O conceito como é empregado atualmente (de estética) é considerado impróprio do ponto de vista Tomista; mesmo que Santo Tomás de Aquino tivesse tratado dos conceitos arte e belo em muitas