historia da pedagogia
Características gerais
A escolástica representa o último período da história do pensamento cristão, que vai do início do século IX até o fim do século XV. Este período do pensamento cristão é denominado escolástica, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, cujo interesse é acima de tudo religioso e cuja glória é a elaboração da teologia dogmática católica, o interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e a sua glória é a elaboração da filosofia cristã. Tal elaboração, todavia, será plenamente racional, consciente e crítica, apenas em Tomás de Aquino, que levou a escolástica ao seu apogeu. Até o Aquinate sobrevivem o pensamento e a tendência platônico-agostiniana, características da patrística, em que era impossível uma filosofia verdadeira e própria por falta de distinção entre natural e sobrenatural, razão e fé, filosofia e teologia. Quanto à divisão da escolástica, distinguiremos a escolástica pré-tomista, com orientação agostiniana (séculos IX-XIII); Tomás de Aquino, que foi o verdadeiro construtor da filosofia cristã (século XIII); o período pós-tomista (séculos XIV-XV), que representa a rápida decadência histórica da escolástica.
Educação e cultura na Idade Média
Carlos Magno tencionava dar unidade interior, espiritual, ao seu vasto império, e, portanto, educar intelectual, moral e religiosamente os povos bárbaros que formavam esse império. Destarte, teria restaurado e dado incremento à civilização e à religião, à civilização clássica e ao catolicismo. Para tanto, o meio natural era as escolas e o mais apto docente era o clero pelo seu caráter imanente de mestre do povo e pela cultura de que era dotado. Antes de Carlos Magno existiam escolas monásticas, junto dos mosteiros beneditinos, para a formação dos futuros monges e também dalguns leigos mais cultos; as escolas episcopais, dependentes dos bispos, para a formação do clero secular e também dalguns