O trabalho do Antropólogo
O texto comenta sobre o processo de pesquisa, analise e registro antropológico, que o autor chama de “faculdade do entendimento” sociocultural. Para explica-los, ele divide o texto em três partes: O Olhar, O Ouvir e O Escrever. No Olhar ele fala como o observador tem quer passar por uma “domesticação” do ver para que não interprete o objeto a ser estudado apenas por um ponto de vista, essa é uma referência a esse preconceito se resume na frase “olhar por si só não seria suficiente”, para ele é preciso usar o pensamento e percepção durante a observação. Em Ouvir, há uma comparação entre escutar e ver, Oliveira diz como essas duas ações se completam e que ouvir também é muito importante. Para ele o pesquisador deve ser um interlocutor, pois isso cria um espaço semântico partilhado entre pesquisador e entrevistado, deixando assim de contaminar o discurso do nativo e ao mesmo tempo criando um vínculo “pesquisador/informante”, um diálogo de iguais. Com um vinculo formado o pesquisador, agora um observador participante deve registrar o material que foi estudado, começando assim O Escrever. De acordo com o autor, o trabalho do antropólogo é divido em duas partes, o “estar lá”, que é a pesquisa no local e o “estar aqui”, que é o registro formal do que foi estudado, mas feito no ambiente natural do pesquisador. Nesse momento há uma articulação entre o trabalho de campo e a construção do texto, na qual, o texto é reescrito diversas vezes para aperfeiçoar a descrição e análise. Feito o trabalho, percebe-se que a escrita é a ferramenta com a qual o pesquisador reúne e organiza os atos de ver e ouvir, sendo assim, a escrita é tão importante quanto a pesquisa.