O TEMPO E O PROFISSIONALISMO DOCENTE
Isauro Beltran Nuñes
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Betania Leite Ramalho
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Fabia Maria Gomes Uehara
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Francisca Lacerda de Góis
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Introdução
As políticas educacionais no Brasil, desde a década de 1990, vêm tornando a profissionalização do docente como um eixo articulador do sucesso da implementação das reformas educacionais. No caso do Ensino Médio, em relação ao professor, forte ênfase das reformas curriculares é dada à formação docente, ou seja, à profissionalidade em detrimento do profissionalismo como dimensão do contexto e das condições de exercício da profissão docente. Essa última categoria aparece de forma discreta, sem revelar a relação indissociável entre essas duas dimensões da profissionalização na construção de uma nova identidade docente (RAMALHO; NUÑEZ; GAUTHIER,
2004). Nesse sentido, é importante destacar que é impossível compreender a natureza do que o docente sabe sem estabelecer uma íntima relação com o que ele é, faz, pensa e diz nos espaços e tempos cotidianos de seu trabalho (TARDIF, 2004).
Atribui-se aos docentes um papel fundamental na efetivação das Reformas
Educacionais, mas eles nada poderão fazer sem que se altere a organização da escola. É necessário, entre outras coisas, construir uma nova cultura escolar, mudar tempos e espaços da educação, estabelecer sistemas de apoio ao trabalho dos docentes, reformular os livros didáticos e o uso das novas tecnologias. Isso exige o apoio e o compromisso da comunidade, das famílias, das instâncias governamentais, dentre outros, uma vez que pensar e fazer a Reforma é uma responsabilidade compartilhada.
As estruturas organizativas devem redefinirem-se para promover ativamente a aprendizagem e a colaboração na busca de solução