Comentário sobre JV
No sentido de ir de encontro às normas internacionais de contabilidade, no dia 01 de Janeiro de
2010 entrou em vigor em Portugal o Sistema de Normalização Contabilístico (SNC).
Com o SNC pretende-se que as entidades revelem o seu valor patrimonial, através de uma imagem, mais verdadeira, real e atual. Com esta nova preocupação, o conceito de justo valor ganha uma nova importância assumindo um papel relevante na mensuração. Apesar do custo histórico ser mais fiável e objetivo para a informação financeira a realidade é que ao basear-se em valores passados, estáticos, traz pouca relevância à informação, o que se traduzirá em tomadas de decisões mais fragilizadas. Desta forma, torna-se fundamental que a informação financeira seja mais relevante, que se baseie em valores presentes, para que dessa forma permita a divulgação de uma imagem verdadeira e transparente, o justo valor é o critério que melhor traduz essa necessidade. (Duque, 2008). Assim, segundo o SNC, o justo valor pode ser definido como sendo a “ quantia pela qual um ativo poderia ser trocado ou um passivo liquidado, entre as partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas” (Estrutura Concetual § 97-99). A mensuração ao justo valor tem como objetivo estimar as alterações de preço quer para o ativo quer para o passivo na ausência de uma transação, ou seja, esse valor é determinado tendo em conta uma hipotética transação entre partes interessadas. (Grenha, C. et al 2009). Face a esta hipotética