O tempo histórico
Do movimento planetário contemplamos um tempo exato, objetivo e mensurável o qual foi condicionado como mediador entre outras formas de tempo, como o da “consciência”, das rememorações de um grupo social sobre acontecimentos mais significativos, e o da “natureza”, observado na dinâmica do planeta, como nas estações, dia e noite, etc.
Uma saída encontrada pelos interessados na relação história-homem-tempo foi a de instituir um “terceiro tempo”, logo, surge o “tempo histórico”, definido como as relações sociais de cada temporalidade, (REIS, 1996) ressalta que para torná-lo conhecível, dizível, comunicável, o historiador realiza uma primeira operação de inscrição dele em um tempo mais durável: o tempo coletivo das sociedades, de suas mudanças e construções coletivas.
Conceituar o tempo histórico não é tarefa fácil, tanto que no campo filosófico há uma certa carência de estudos sobre o mesmo. O historiador, por sua vez, não opera com o tempo de forma exclusiva
...não separa a reflexão teórica sobre o tempo da pesquisa concreta das experiências humanas: a sua teoria é prática, a sua noção do tempo permanece implícita à sua reconstrução do vivido. Todo trabalho de história é uma organização temporal: recortes, ritmos, periodizações, interrupções, sequências, surpresas, imbricações, entrelaçamentos. (REIS, 2011, p.10).
Contudo, o homem enquanto ser temporal, deixa em tudo o que faz, vestígios materiais ou imateriais de sua transição pelo tempo e pelo espaço. Possibilita, assim, o registro científico, quer seja na concepção objetiva e na transcrição imparcial dos fatos, ou mesmo,