A novas perspectivas em ciências, a exemplo de outras teorias pós-modernas, aqui entendidas enquanto situações culturais, apontam para uma crescente consciência no que se refere a auto-organização e a não linearidade. Esse fato, evidencia o grande valor que as categorias sujeito, tempo e historicidade assumem na ciência contemporânea e acentua a importância da História enquanto disciplina que impregna e é impregnada pelas demais áreas do conhecimento. Ao mesmo tempo, atenta para os problemas que vêm afetando a educação brasileira há várias décadas, traduzidos, em parte, pela persistência do analfabetismo, da evasão, da repetência, da baixa qualidade do ensino, pelo baixo nível de exigência à escolarização dos profissionais da educação e muitos outros. Esses problemas são complexos e encontram se interrelacionados, o que requer soluções também complexas e encampadas numa visão sistêmica. Tal fato, acarreta a necessidade de uma revisão na maneira de ensinar e aprender, a partir da compreensão de que os problemas educacionais estão diretamente associados ao modelo de ciência prevalecente num determinado momento histórico nas teorias de aprendizagem e que influencia a prática pedagógica. É dentro deste quadro mais geral que situamos o ensino da História na qualidade de disciplina que porta amplas possibilidades, no que se refere à formação integral da personalidade do aluno. Se faz necessário considerar que a construção da personalidade requer uma formação científico-cultural dos conhecimentos que foram produzidos e acumulados pela humanidade além da construção de procedimentos, valores, sentimentos éticos e atitudes em cujo processo de elaboração o afetivo se encontra unido ao cognitivo. Assim, a escola e, particularmente, o ensino da história são chamados a responsabilizarem-se pela formação integral da personalidade do aluno uma vez que, o desenvolvimento cognitivo ocorre mediado pela