tempo historico
Por tempo histórico, entende-se como sendo tanto o cronológico quanto o cultural. No sentido cronológico, o tempo histórico é um tempo mensurado, homogêneo, contínuo e irreversível, um tempo do calendário. Já em seu aspecto cultural, o tempo histórico constitui um tempo qualitativo, heterogêneo, múltiplo, não linear, reversível, descontínuo, que pode ser também subjetivo, o tempo das atividades humanas, não evolutivo nem teleológico. A História não sobrevive sem a temporalidade: sua matéria-prima e motivo de sua inteligibilidade. Em geral, pode-se observar no contexto educacional, inúmeros estudos acerca do tempo histórico.
Desde o século XVII, pensadores, como Isaac Newton, demonstravam que o tempo é uma categoria absoluta e homogênea (NEWTON, 1987). Tal idéia, ainda que refutada, tanto pela teoria da relatividade, na qual Einstein defende a tese da multiplicidade de tempos na perspectiva do observador, além de contestar a tese newtoniana e Kantiana do tempo absoluto e homogêneo, defende também, a teoria do espaço-tempo físico e cosmológico; como pela teoria quântica, em que Planck e Maxwell defendem a tese das leis probabilísticas do tempo da natureza, refutando a tese da determinação absoluta; apesar disso, essa idéia permanece ainda, impregnada no currículo das nossas escolas e evidencia-se na mentalidade e na prática de ensino de nossos professores, dificultando desse modo o aprendizado necessário do processo histórico pelos estudantes. Neste trabalho realizamos uma revisão e reflexão sobre alguns conceitos de tempo e de tempo histórico, relacionados às tensões que acompanham os diversos olhares sobre o assunto, tais como objetividade e subjetividade do tempo, relatividade e absolutismo, permanências e mudanças, homogeneidade e heterogeneidade, espaço e tempo, linearidade e ciclicidade, continuidade e descontinuidade, tempo cronológico e tempo cultural; constituem as tensões, de caráter filosófico, historiográfico e científico
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