Conceito de leishmaniose
A leishmaniose é uma doença de caráter crônico, muitas vezes deformante, que pode ser
classificada em dois principais tipos (de acordo com o quadro clínico que produzem), a Leishmaniose
Tegumentar Americana e a Leishmaniose Visceral Americana. Esta zoonose está associada à degradação
ambiental, e encontra-se em expansão no Brasil, ocorrendo de forma endêmica no Norte, Nordeste,
Centro-Oeste e Sudeste.
Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA (mucosa, pele e cartilagens)
Agente causador: espécies do gênero Leishmania sp (Leishmania brasiliensis, L. guyanensis, L.
amazonensis e L. lainsoni, no Brasil)
Agente transmissor (vetor): espécies do gênero Lutzomyia sp, conhecidas também como mosquito palha,
birigüi, cangalhinha e tatuquira.
Transmissão: acontece principalmente através da picada do mosquito vetor infectado. Seus reservatórios
são os roedores (tatu, tamanduá, gambá).
Período de incubação: Varia de 2 semanas a 3 meses.
Ciclo evolutivo (heteroxênico): Dentro do homem infectado, o parasita está sob a forma amastigota.
Quando o mosquito realiza a hemofagia, ele suga junto com o sangue, as formas amastigotas do protozoário.
Uma vez no sistema digestório do mosquito, essas formas amastigotas assumem a forma promastigota
(infectante) e se reproduzem. Quando o mosquito realiza o repasto sanguíneo, ele transmite as formas
promastigotas ao indivíduo, as quais são fagocitadas pelos macrófagos, e se transformam novamente em
formas amastigotas. Estas reproduzem-se por divisão binária, rompem o macrófago, e daí podem infectar
novos macrófagos ou permanecerem livres na corrente sanguínea.
Patogenia: infiltrado inflamatório de macrófagos e linfócitos (células do sistema imunológico se acumulam no
local parasitado); lesões locais; necrose tecidual (epiderme e membrana basal); úlceras circulares de bordos
altos, com exudato purulento, que podem originar infecções secundárias; metástase cutânea.