O Teatro do absurdo
Martin Esslin destaca, como dramaturgos do teatro do absurdo, o escritor romeno, radicado na França, Eugène Ionesco (1909 - 1994), o irlandês Samuel Beckett (1906 - 1989), o russo Arthur Adamov (1908 - 1970), o inglês Harold Pinter (1930-2008), o espanhol Fernando Arrabal (1932), o francês Jean Genet (1910-1986) e o estadunidense Edward Albee (1928). Um dos precursores deste procedimento dramático seriam Alfred Jarry (Ubu Rei 1896) e Guillaume Apollinaire (Les Mamelles de Tirésias 1903).
Embora o termo seja aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: um sentido tragicómico, estrutura muitas vezes semelhante ao do Vaudeville, com quadros não necessariamente conectados; alternância entre elementos cômicos e imagens horríveis ou trágicas; personagens presas a situações sem solução, forçadas a executar ações repetitivas ou sem sentido; diálogos cheios de clichês, jogo de palavras e nonsense; enredos que são cíclicos ou absurdamente expansivos; paródia ou desligamento da realidade e artifícios da well-made play (peça bem-feita, regras do século XIX de como se fazer uma peça).
Na primeira edição de Teatro do Absurdo, Esslin apresentou os quatro principais dramaturgos que definiriam o movimento como sendo Samuel Beckett, Arthur Adamov, Eugène Ionesco, e Jean Genet, e em posteriores edições, acrescentou um quinto dramaturgo, Harold Pinter, embora cada um desses escritores tivesse preocupações e técnicas únicas, que vão além do termo "absurdo". Entre outros escritores que Esslin associa a esse grupo incluem Tom Stoppard, Friedrich Dürrenmatt,