ENCENADORES MODERNOS

ENCENADORES E TENDÊNCIAS TEATRAIS MODERNO/CONTEMPORÂNEAS
Os fundamentos estéticos vivenciados no século XIX, entre público e artistas, no âmbito do teatro, foram desafiados e ampliados no século XX, expandindo-se em experiências e inovações teatrais. Em seguida, no início do século XX, novos movimentos e experimentações artísticos começaram a surgir em oposição as regras dominantes. Desses experimentos se destacam o Expressionismo alemão, o Teatro
Épico, o Teatro da Crueldade e o Teatro do absurdo.
O ano de 1887, quando ANTOINE funda o Théatre-Libre, pode ser considerado o ponto em que surge a encenação como arte autônoma.
Antoine foi o primeiro encenador moderno, assinou os espetáculos teatrais, e foi o primeiro a sistematizar suas concepções, a teorizar a arte da encenação.
A encenação passa então a derivar de uma visão teórica, abrangente dos elementos componentes da montagem: o espaço (palco x plateia), o texto, o espectador, o ator. Antoine recusa painéis pintados e truques ilusionistas, introduz no palco objetos reais, produzindo um efeito “totalmente verdadeiro”, é a “teatralidade do real”, que provoca uma reação e um impacto diferente do fictício que era colocado no palco.
Não é mais aceita a representação ilusionista, exploram-se os recursos da teatralidade. Nos principais centros do teatro europeu: Appia na Suíça, Craig em
Londres, Behrens e Max Reinhardt na Alemanha, Meyerhold em Moscou.
Adolphe Appia (1862-1928). Foi arquiteto e encenador suíço, foi um dos primeiros a tomar consciência dos recursos que a iluminação elétrica põe à disposição do encenador, ele lamenta que tais recursos só estejam sendo utilizados para ilumi-

2 nar telas pintadas. Denuncia os excessos decorativos e o atravancamento físico, para ele o espaço e a cenografia devem ser colocados em função do ator. Foi um pensador e pesquisador, pode-se dizer, um dos teóricos mais importantes do teatro moderno. Sua reflexão cenográfica tem referência essencial na