O surgimento do campo do currículo e seus desdobramentos
A questão curricular entra para a história com uma perspectiva técnica, cabendo ao curriculista à tarefa de realizar o levantamento das habilidades requeridas para as diversas ocupações no campo do trabalho e com base nesse mapeamento, organizar e desenvolver conteúdos padronizados, acompanhados de métodos que possibilitassem a sua aprendizagem e o domínio das habilidades inicialmente pretendidas.
O pensamento de Bobbitt é consolidado em 1949 com a publicação da obra de Ralph Tyler, que vem fortalecer a ideia de currículo em torno do binômio organização e desenvolvimento.
Segundo Tyler é preciso definir com precisão quais são as experiências a serem vivenciadas pelos aprendizes e como organizá-la, como também, mensurar se o caminho trilhado alcançou a meta desejada vai depender de como os objetivos educacionais foram visualizados.
Para Dewey, a educação não era somente uma preparação para a vida ocupacional adulta, mas é principalmente um local de vivência e prática direta de princípios democráticos. Para atingir essa finalidade, o planejamento curricular deveria, portanto, considerar os interesses e as experiências das crianças e jovens.
A década de 70 do século XX significou uma reviravolta para a educação, ao transformar de maneira significativa o modo de pensá-la. Houve movimento de crítica e renovação em varias partes do mundo.
Para iniciador da crítica neomaxista as teorias tradicionais de currículo, a sociedade capitalista funciona por meio da dominação de classe, em que os proprietários dos bens materiais pela força econômica, mantêm o controle dos que apenas tem força de trabalho.
Para Michael Apple o currículo não é um corpo neutro, desinteressados e que por passar pelos filtros da filosofia e da psicologia da aprendizagem, tornando-se corpo consensuado de conhecimento inquestionável e aceito pela sociedade.
Giroux, após realizar a crítica a rigidez estrutural e ao consequente