Origens da supervisão educacional no contexto histórico brasileiro
Martha Guanaes Nogueira
As questões da educação sempre estiveram vinculadas às condições sócio-econômicas e políticas vigentes em cada momento histórico. Entretanto a ideologia liberal conseguiu passar a questão do mito da neutralidade da educação brasileira, até nossos dias.
Os Supervisores Educacionais brasileiros têm-se prestado a ser agentes da difusão desta ideologia, a maioria inconscientemente.
Tal postura remonta às origens da Supervisão Educacional no Brasil, que têm a ver com o encaminhamento dado às questões brasileiras, no cenário mundial, em decorrência de contingências sócio-econômicas e políticas nacionais e internacionais.
O surgimento do Supervisor Educacional, tem a ver com o contexto histórico brasileiro e suas vinculações com o contexto internacional e ao encaminhamento dado às questões nacionais.
Com Vargas, inicia-se e ganha expressão no contexto brasileiro o nacionalismo desenvolvimentista, como núcleo ideológico da política de massas também chamada democracia populista ou populismo.
Tal política foi o padrão de organização política e sustentação do novo estilo de poder, diferentemente da política dos partidos que vigorou nos períodos anteriores. O populismo permitiu a participação de diferentes setores da população: civis, militares, liberais e esquerdistas, assalariados e estudantes universitários e a igreja, nas decisões para a formulação e execução da política econômica e de algumas decisões políticas.
Segundo Ianni, a política de massas foi a vida e a morte do modelo getuliano de desenvolvimento nacional porque há conflitos entre o nacionalismo desenvolvimentista e independente e a preservação de vínculos e compromissos com a sociedade tradicional e o sistema político-econômico internacional.
É o período em que os operários obtêm conquistas significativas como o salário mínimo e a legislação trabalhista-CLT.
Tal postura