O sistema nacional de educação em moçambique
Em sua obra Guilherme Basílio argumenta que a ação educativa está ligada aos valores socioculturais compartilhados por indivíduos de uma determinada sociedade, e que essa educação inculca os valores e normas criados e aceitos por essa sociedade em seus indivíduos. Em África, a educação de cultura africana somente passou a ser trabalhado depois das independências, com objetivo de criar a própria identidade e nacionalidade. A FRELIMO organizou o Sistema de Educação adequado a sua realidade moçambicana.
Este capítulo se divide em: “Organização de sistemas de educação em África”; “Educação na era colonial em Moçambique”; “A Frelimo e a organização da educação”; “A lei 4/83 do SNE e a primeira ‘onda’ de reforma educacional”; “A lei 6/92 e segunda ‘onda’ de reforma educacional”; “A terceira onda de reforma educacional (2003 – 2007)”; “O Estado e a escola: Instituições político-educadoras”; “A escola, o currículo e a cultura”; “Escola, cidadania e democracia moçambicanas” e “Os intelectuais e a organização da escola em Moçambique”.
No item 2.1 deste capítulo o autor trata da Organização de Sistemas de Educação em África, argumentando que esses sistemas foram fortemente influenciados pelo colonialismo europeu, pois está vinculada a este processo histórico. Justifica que para se descrever historicamente o sistema de ensino, é necessário conhecer os processos que influenciaram na organização desses sistemas. Segundo o autor, os sistemas de educação em África atendiam a três objetivos: a redução de analfabetismo, a socialização do nacionalismo e a reconstrução da identidade nacional. Inicialmente o autor relata sobre o desenvolvimento dos sistemas de educação na França e Inglaterra, onde existiram dois currículos no mesmo espaço geopolítico, e nos Estados Unidos onde existiu um currículo voltado para igualdade e liberdade entre os homens. A França do século XIX criou dois tipos de escola: escolas elementares