o seminarista
A narrativa desenvolve-se em terceira pessoa, com um narrador-onisciente que algumas vezes também se mostra apenas observador, principalmente quando comenta, em primeira pessoa, os fatos com o leitor. É clara a opção do narrador pela prevalência do amor sobre a valorização da carreira eclesiástica e em oposição ao celibato clerical: seus comentários a respeito dos sentimentos das personagens comprovam essa posição.
→ Personagens:
EUGÊNIO: É o protagonista, o seminarista, a que o título se refere. “O rapaz era alvo, de cabelos castanhos, de olhar meigo e plácido e em sua fisionomia como em todo o seu ser transluziam indícios de uma índole pacata, doce e branda. Além disso, mostrava grande pendor para as coisas religiosas;
MARGARIDA: Afilhada dos pais de Eugênio, “era morena, de olhos grandes, negros e cheios de vivacidade, de corpo esbelto e flexível como o pendão da imbaúba”; “por sua graça e gentileza, extrema docilidade e precoce vivacidade, era mui querida de todos;
CAPITÃO FRANCISCO ANTUNES: Pai de Eugênio, “fazendeiro de medianas posses. Trabalhador, bom e extremoso pai de família, liso e sincero em seus negócios, partidista firme e cidadão sempre pronto para os ônus públicos”. Revela-se um homem capaz de mentir e enganar o próprio filho, para defender o status e os interesses familiares.
Sra. ANTUNES: Mulher boa e carinhosa,era a mãe de Eugênio. Muito religiosa, “tinha o espírito propenso a acreditar em superstições e agouros.”
D. UMBELINA: Mãe de Margarida, “era uma matrona gorda e corada, de rosto sempre afável e prazenteiro [...] e fora casada com um alferes de cavalaria.”
PADRE-MESTRE: É o responsável direto pela formação de Eugênio no seminário. Alia-se ao pai do rapaz e, além de pedir por ela, sustenta a mentira que engana o jovem até o capítulo XXII.
LUCIANO: rapaz apaixonado por Margarida e rejeitado por ela. Discute com Eugênio no mutirão. “Um moço que teria a rigor os seus vinte e cinco anos, de bonita e