o seminarista
AUTOR
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (Ouro Preto, 1825-1884). Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, onde ficou conhecido por ser um estudante boêmio e brincalhão. Foi juiz, professor, jornalista e escritor. Escreveu vários livros de poesia e ficção. Os romances A escrava Isaura (1875) e O seminarista (1872) deram-lhe um lugar de destaque como um dos mais importantes prosadores do Romantismo brasileiro.
GÊNERO
Épico, segundo a concepção clássica. Romance (narrativa longa).
ESTRUTURA
Vinte e quatro capítulos, relativamente curtos, com linguagem, acessível, fluente e simples. É importante que o aluno atual compreenda que o romance foi escrito no final do século XIX, e que será, portanto, muito natural que encontre alguma dificuldade com o vocabulário. Tal fato poderá ocasionar um pouco mais de trabalho, mas não deverá ser um empecilho para a leitura da obra.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
O seminarista é um romance inserido no Romantismo brasileiro, principalmente, por apresentar as seguintes características: idealização das personagens, o sofrimento do herói, religiosidade e exaltação da natureza brasileira, que serve também para caracterizar as personagens (p.33, p.119). A narrativa, porém, ao criticar elementos da sociedade patriarcal e da igreja, não aparece essencialmente como a arte de valorização da cultura burguesa.
Em O seminarista, Bernardo Guimarães faz uma crítica ao celibato religioso de uma sociedade apegada aos dogmas cristãos e ao comportamento familiar típico de uma sociedade patriarcal. O autor sensura tanto o autoritarismo e a hipocrisia dos pais, quanto dos padres. Há também uma forte crítica à educação típica dos seminários, que mais embrutecia os jovens do que formava homens sociais.
Bernardo Guimarães enriquece sua obra com a menção de crendices e comportamentos populares e de cunho folclórico, como a arte de enfeitiçar cobras, a mula sem cabeça e os mutirões.
NARRADOR
A narrativa é feita