O saber histórico na sala de aula.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, Circe (org.) e outros. O saber histórico na sala de aula. São Paulo, Contexto, 2002. (P. 54-66)
A autora inicia o ressaltando as discussões entre a formação do professor de História e o cotidiano em sala de aula nas últimas décadas, embate que refletiu em mudanças e melhorias, mas que também ainda mostra-se deficiente em alguns aspectos, principalmente no que diz respeito ao descaso dos governantes com a educação em nosso país. No que diz respeito ao professor formado em História muitos são as propriedades dadas a eles, ainda quando em formação precisa abraçar as outras áreas das ciências humanas e isso persiste ao longo de sua vida profissional, além, é claro, de todas as outras preocupações cotidianas, levando a falta de tempo e dinheiro para sua qualificação profissional. Este profissional carrega consigo a imagem ambígua de várias identidades, sendo assim, espera-se que seja o promotor da união entre a competência acadêmica e a competência pedagógica. Os alunos por sua vez, como receptáculos da informação, muitas vezes parecem por desinteressados, inseguros em relação as condições de ensino. O papel do professor pode se dar na instrumentalização das ferramentas necessárias para o aluno, responsável por ensinar o mesmo a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista, levanto problemáticas ao ensino de História. “A sala de aula não é apenas um espaço onde se transmite informações, mas onde uma relação de interlocutores constroem sentidos. Trata-se de um espetáculo impregnado de tensões em que se torna inseparável o significado da relação teoria e prática, ensino e pesquisa. Na sala de aula se evidencia, de forma mais explicita, os dilaceramentos da profissão de professor e os embates da relação pedagógica.” (pag. 57) A transposição didática é um meio ao fazer histórico e