Saber Histórico na sala de aula
O Saber Histórico na Sala de Aula. BITTENCOURT, Circe (Org.)
O texto analisa propostas curriculares produzidas entre 1990 e 1995 em quase todos os Estados brasileiros, um conjunto bastante heterogêneo; na maioria superando a visão tecnicista dos anos 70, currículo formal seccionado em zonas estanques, elencadas em quadro contendo objetivos e atividades didática.
Os modos de produção ordenam as etapas e conteúdos da maior parte das propostas para 5ª em diante, embora o Brasil continue sendo analisado em três grandes eixos políticos (Colônia, Império, República), buscando integrá-los aos ciclos econômicos do pau-brasil à industrialização.
O conhecimento histórico por temas (temas geradores, segundo pressupostos de Paulo Freire ou pelo eixos temáticos) Eixos temáticos: devido impossibilidade de estudar “toda” a história e como meio de superar a noção de tempo evolutivo.
Em uma sociedade como a nossa em que as desigualdades sociais são gritantes, o compromisso da História seria o de aprofundar esta complexa noção para evitar a banalização do termo. O sentido político da questão da cidadania deve explicitar a relação entre o papel do indivíduo e o da coletividade.
A questão é a verificação de como o capitalismo tem se transformado em objeto de estudo no ensino de História. A História do Brasil tem sido apresentada como resultante da Europa; na visão liberal mais tradicional – o “descobrimento”; transformar grupos nativos em civilizados (modelo ultramarino). Para os que trabalham com os “modos de produção”, o nascimento do Brasil se explica pela lógica do mercantilismo europeu. Uma história nacional que não se origina do espaço nacional.
Currículos e programas são instrumentos mais poderosos de intervenção do Estado no ensino; para formação de clientela escolar para o exercício da cidadania, no sentido que interessa, aos grupos dominantes.
A trajetória da História como disciplina escolar, no Brasil, não foi tranqüila, tanto em relação à sua