O Renascimento Carolingio
Carlos Magno/ Jean Favier; tradução Luciano Machado. – São Paulo: Estação Liberdade, 2004.
O Renascimento Carolíngio
“Fora do reino franco, três centros culturais preservam a herança greco-romana da Europa ocidental: a Itália, a Espanha, a Inglaterra e a Irlanda.” (p.393)
“A partir de 568, a invasão lombarda paralisou os centros religiosos da Itália setentrional e central. A deserção dos monastérios estende-se para bem além de Roma: o próprio Monte Cassino foi abandonado em 580.” (p.394)
“Nas cidades italianas, principalmente na Toscana e na Lombardia, onde a vida urbana e as atividades econômicas se revitalizam e onde s notários têm um papel essencial na vida social, as escolas leigas da antiguidade desapareceram, mas ainda existem preceptores particulares e algumas escolas urbanas à sombra das catedrais, escolas organizadas principalmente para formar esses notários, assim como copistas e mesmo simples clérigos.” (p.395)
- No século VIII, o futuro da cultura ocidental se encontrou nas ilhas britânicas, o monacato celta exerceu sua influência sobre o continente durante todo o século VII. E foi principalmente por meio do monacato anglo-saxônico, que a herança latina nutriu o continente até o século VIII.
“[...] Até meados do século VIII, a língua dos documentos privados tem uma relação muito longínqua com o latim clássico. Incapazes de formular eles próprios o conteúdo de seus documentos, recopiam os formulários que proliferam desde um século antes: as fórmulas angevinas datam da segunda metade da década de 570, e as fórmulas arvernas, assim como as de tours e de Bourges, são da primeira metade do século VIII.” (p.402) “[...] a partir do século VI, fez chegar ao mais alto escalão da sociedade uma aristocracia franca de caráter militar fortemente acentuado, uma aristocracia de vassalos do rei que acabara de suplantar a velha aristocracia galo-romana composta de proprietários muito orgulhosos de suas origens senatorias [...]”