O relativo vence o absoluto
A ciência mostra a cada dia que é possível quebrar a linha do absolutismo, mostrando que nem tudo é absoluto. Como cita Protágoras (400 a.C.), "O homem é a medida de todas as coisas", afirmando que a verdade é relativa, uma vez que cada um faz sua verdade e é possível quebrar a verdade alheia. A ideia de verdade para Aristóteles (384 a.C.) está relacionada ao “Dizer do que é, que é e do que não é, que não é”, ou seja, quando uma dada teoria é considerada verdadeira, não há motivo para que se realizem pesquisas, já que a essência representa o conhecimento integral da realidade. Essa concepção, no entanto, inibe a busca de novos conhecimentos e do desenvolvimento científico, o que não é favorável ao ser humano. Esse pensamento representa os pensadores absolutistas que não pensam de modo favorável para a evolução, uma vez que contradiz os princípios do homem, de sempre evoluir.
Já Rudolf Flesch (1951) afirma que “O cientista vive num mundo onde a verdade é inatingível, mas onde é sempre possível encontrar erros no que foi penosamente estabelecido ou no óbvio.”, sendo assim, ela será considerada como provisória, boa, mas sujeita a ser substituída quando outro alguém aparecer com fatos adicionais que contravenham os aplicados na tese anterior. Uma vez que a verdade é considerada relativa, fica livre de críticas grotescas que se oponham, fazendo com que toda nova teoria seja sempre bem vista. Sendo assim, é possível entender que nem sempre a verdade é absoluta, mostrando de fato que a verdade seja relativa em grande maioria e mesmo que se considerada absoluta, pode ser substituída em um futuro próximo, até mesmo imediato. Portanto, não é possível afirmar que seja qual for a verdade a ser tratada, ela seja totalmente absoluta, pois não se sabe se em um futuro algo provará o contrário.
Referências Bibliográficas:
Livros:
MORA, J. F. – Dicionário de filosofia (1986). Apud: CARVALHO, M. C. M. (org.) – Construindo o saber: